sábado, 30 de dezembro de 2017

Receita x despesas

No elevador, um jovem, que parecia ser ajudante de algum prestador de serviços, se queixava com o colega: "falei com 'Fulano', preciso receber pelo menos um salário mínimo; 400 reais pra eu sustentar mulher e filho não dá.". Eu concordo, mas o problema não está apenas nos 400 reais. Para suprir as necessidades de uma família de 3 pessoas, um salário mínimo continuará insuficiente. O erro dele, no caso, foi ter contraído despesas fixas tão elevadas sem ter renda alguma, e ao que parece, com pouca ou nenhuma formação educacional. Ora, sem a educação financeira, você pode até dobrar seus ganhos, mas vai acabar triplicando os seus gastos.


sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Cartão de boas vindas

Uma das primeiras coisas que o jovem aprende ao entrar na universidade é a se endividar. Mal entra, ele já cai na besteira de aceitar um cartão de crédito cheio de "vantagens" para os universitários; uma armadilha da qual muitos jamais conseguirão se desvencilhar.


Porcarias

Hoje eu vi um menino brincando com um cano de plástico amassado. Ora ele usava como espada, ora como taco de golfe... até que ouvi a mãe reclamar: "jogue essa porcaria". Lembrei que quando eu era moleque adorava brincar com pneus velhos, rolamentos, notas de cigarro... porcarias.


quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

A importância do debate

Como é importante o debate e a troca de ideias. Alguém fala algo de acordo com sua visão limitada de mundo, é refutado por alguém que tem outra visão e conhecimento sobre o assunto, tem-se então um debate e ao final há perdedores e vencedores, os quais poderão ser refutados por outras visões. Agora há pouco, tive um debate comigo mesmo, de frente para o espelho. No final, o cara do espelho ganhou a discussão — apesar de eu achar que não — mas tudo bem; tenho direito de não aceitar bem a derrota, mesmo admirando os que perdem com nobreza.


sábado, 23 de dezembro de 2017

Inteligência financeira

Inteligente é quem, ainda jovem e morando com os pais, consegue uma certa estabilidade financeira e usa esse fator para acumular capital, por pouco ou muito que seja, enquanto suas despesas são ínfimas. O importante não é quanto você ganha, é quanto você consegue guardar. Mas de maneira geral, por falta de educação financeira, a primeira coisa que o brasileiro faz quando começa a trabalhar é comprar um transporte e um iPhone pra sair curtindo sua vida de ostentação de dívidas.

Mas você acha que o brasileiro médio tem a devida prudência para não sair por aí ostentando o pouco ou o muito dinheiro que ganha? Por que, afinal, a criminalidade aumentou tanto após o advento do Real e da estabilização da moeda? O povo sentiu um pouco do gostinho do dinheiro e fez o quê? Se lascou no consumismo e em dívidas. A ostentação desperta o pior lado do capitalismo, o da inveja.


Ascensão social do trabalhador

A ascensão do trabalhador não se dará nunca enquanto ele depender do seu salário. Você subirá de nível não quando comprar um carro de luxo ou uma casa na praia pagando parcelamento, mas quando não depender mais do seu salário para arcar com suas despesas mensais, ou seja, quando conseguir ativos suficientes para não precisar correr mais atrás do dinheiro. Daí em diante você deixa de ser o oprimido pelo sistema e passa a ser um capitalista malvadão, também conhecido como rentista.

Contudo, há que se ter prudência; não pega bem não ser visto como um inimigo do sistema.


Dica de negócio

Faça um monte de coisas sem noção, como usar drogas, bater na mulher, largar o trabalho, vender tudo que tem... Vá ao fundo do poço. Seja preso, se prostitua, vá morar na rua, coma lixo, etc. No momento certo, vá numa dessas igrejas neopentecostais — mundial, universal, qualquer uma — e diga que aceita Jesus e quer ser um membro daquela comunidade. Os irmãos irão ajudá-lo e você terá o apoio da instituição.

Daí escreva um livro narrando como o diabo destruiu a sua vida e como a mensagem daquela igreja o tirou do fundo do poço e lhe mostrou o caminho da superação. Agora é só apresentar sua história e vender os segredos que você relata no livro em suas palestras, ou se for num culto, basta passar o chapéu no final do show que, dependendo da sua performance, pode ser até melhor que cachê fixo.