quinta-feira, 30 de abril de 2020

Vai piorar

Vai piorar? É claro que vai piorar; é uma curva, e ela é ascendente, ou seja, ela sobe. A proposta da quarentena foi dar tempo ao poder pública para tomarem as medidas de enfrentamento (construção de hospitais, ampliação do número de leitos, compra de equipamentos, etc.), mas ninguém disse que o isolamento evitaria o surgimento de novos casos, até porque isolamento total é algo que não existe, uma hora ou outra você vai se expor.


domingo, 26 de abril de 2020

O Poço


Depois de algumas recomendações, resolvi assistir O Poço, um filme de terror, original da Netflix, que tem provocado muito debate na internet acerca da problemática social abordada durante toda a exibição do longa. Aqui, deixo minha humilde opinião e tentarei não dar maiores informações para não estragar a “diversão” daqueles que ainda não o assistiram, também não me pegarei a detalhes técnicos ou inconsistências no roteiro; afinal, trata-se de uma ficção e, como tal, certos pormenores não precisam fazer muito sentido.

Pois bem, o poço é basicamente uma prisão vertical, aparentemente subterrânea, que desce centenas de andares, sendo uma cela por andar, cada uma ocupada por duas pessoas. A dinâmica toda gira em torno da necessidade de alimentação; como a comida desce de cima para baixo, aqueles que ocupam os andares superiores se banqueteiam enquanto os de baixo vão ficando com as sobras, ou seja, quanto mais profundo o nível da cela, menores são as chances de chegar alguma comida até lá. Com isso, não demora muito para percebermos o que acontece quando as pessoas são lançadas em níveis profundos onde a comida raramente chega, ou nunca chega; suicídios, assassinatos, canibalismo e uma série de atrocidades afloram das pessoas desesperadas para sobreviverem ou para porem um fim ao sofrimento. O interessante é que, assim como ninguém escolhe em que nível social irá nascer, as pessoas no poço são colocadas em andares aleatórios onde deverão passar o período de um mês; terminados os 30 dias, há uma nova redistribuição e as pessoas são colocadas mais acima ou mais abaixo, sempre de forma aleatória, até que cumpram todos os meses de permanência no Centro Vertical de Autogestão, o poço.

É claro que se cada um comesse apenas um pouco, as chances de todos seriam maiores, podendo até mesmo a comida ser suficiente para alimentar todos os níveis, ainda que de forma muito precária, mas considerando que ela é distribuída apenas uma vez por dia, sem possibilidade de guardar um pouco para depois, as chances dessa estratégia dar certo são mínimas, ainda mais porque as pessoas não sabem exatamente quantos níveis existem; além disso, depois de passarem fome e desespero em níveis inferiores, elas tendem a ativar seus instintos de sobrevivência e tudo que conseguem pensar é em viver mais um dia; por conta disso, quando conseguem sair da escassez para a fartura, ou mesmo para um nível intermediário, aproveitam para comer o máximo que podem sem se importarem com aqueles que inevitavelmente ficarão sem comida, afinal ninguém se preocupou com eles quando tiveram que enfrentar a fome.

Ou seja, para que ninguém ficasse sem comida no poço, seria necessário que houvesse uma solidariedade espontânea de todos, e cada um pensasse mais nos outros do que em si mesmo, o que é praticamente impossível, pois apesar de alguns afirmarem que o homem é essencialmente bom e torna-se mau por ser produto do meio em que vive (a sociedade), a realidade mostra que a sociedade é cruel porque é constituída de pessoas cruéis em sua essência. Gula, avareza, ira, inveja são intrínseco do ser humano e facilmente identificados no filme.

Enfim, muita gente tem falado sobre uma suposta mensagem passada pela alegoria do poço; e apesar do próprio filme enfatizar isso, que há uma mensagem ali, ela não é clara — até mesmo porque se trata de um terror — de forma que o filme se presta muito mais para chocar as pessoas do que para transmitir algo. Contudo, há sim diversas referências e citações relacionando-o a questões sociais, literárias e religiosas, mas o interessante é que cada um tire suas conclusões. De minha parte, afirmo que o final fica em aberto justamente porque não há nenhuma garantia de que as ações humanas, por mais bem intencionadas que sejam, poderão ser capazes de subverter o sistema, pois este, quando muda, apenas troca uma forma de opressão por outra.

PS: o filme é perturbador e desaconselhado para pessoas sensíveis. Caso decida assisti-lo, evite fazer isso antes de ir dormir.

Kokay defende Bolsonaro, diz Peppa

Imagem: Print Twitter

O Brasil definitivamente não é para amadores.  Kokay, que é petista roxa e despreza tanto Bolsonaro quanto Moro, faz uma comparação do tipo "menos pior", mas Joice enxerga isso como uma defesa.

É claro que ela não é burra a esse ponto, pelo contrário, apontada pelo Fantástico como testemunha chave na CPMI das Fake News, a deputada Joice finge demência para criar a fake news de Erika Kokay defendendo Bolsonaro (como se isso fosse possível) para sustentar a narrativa de que o bolsonarismo seria igual ao petismo.

Veja que, no mesmo tweet, a deputada que denunciou a existência de um GABINETE DO ÓDIO na referida CPMI é a mesma que chama Bolsonaro e seus eleitores de ESCÓRIA. Ou seja, temos aqui o clássico "xingue-os do que você é, acuse-os de fazer o que você faz".


 

sábado, 25 de abril de 2020

O Bom Pastor


“Eis que eu mesmo procurarei as minhas ovelhas e as buscarei.” Em Ezequiel  34:11-16, vemos que Deus cuida do seu povo assim como o pastor que sai em busca das suas ovelhas dispersas. A analogia entre pastores e ovelhas é interessante porque a mensagem era direcionada a pessoas simples, do campo, acostumadas com o ambiente de pastoreio. 

"O Senhor é meu pastor e nada me faltará.” No Salmo 23, o salmista expressa-se como se fosse uma ovelha: “Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas tranqüilas." Davi, que era pastor, entendia bem o zelo que envolvia essa relação, pois mesmo que uma ovelha se desgarrasse, o bom pastor não mediria esforços para encontrá-la e trazê-la de volta nas costas.

“Eu sou o bom pastor.” Em João 10:1-18, Jesus vale-se da mesma analogia para afirmar que Suas ovelhas o ouvem e o seguem porque conhecem a Sua voz. O mercenário não tem amor pelas ovelhas, quando vê o lobo se aproximando, foge e as abandona; o ladrão vem apenas para roubar, matar e destruir, mas o bom pastor, este dá a vida pelas ovelhas.

Deus é o nosso pastor, Aquele que provê nosso pão de cada dia, que sabe das nossas dificuldades e conhece as nossas orações antes mesmo das palavras se formarem. Ele nos acompanha desde o dia do nosso nascimento até o último instante da nossa vida, e não há como fugir do Senhor, pois onde quer que nos escondamos, lá estará a Sua presença. 

E você, reconhece a voz do Bom Pastor? Ela está nas Escrituras, e aqueles que a ouvem, entendem e praticam a Sua mensagem são estes que reconhecem a Sua voz. O Senhor é o mesmo que, diante da necessidade do Seu povo, mandou o maná do céu, fez fluir água da rocha, protegeu-os do sol e os guiou em meio à escuridão. Ele é um Deus zeloso e tem cuidado de nós. Que você possa ouvir o Seu chamado e adentrar pela Porta das Ovelhas, pois lá acharás pastagem.

Extraído do sermão do Pr. Leandro Carvalho, domingo, 19 de abril de 2020, culto de adoração transmitido pela Igreja Batista Fundamentalista.

sexta-feira, 24 de abril de 2020

Gratidão


Nesses tempos difíceis em que estamos vivendo, cheios de incertezas e notícias assustadoras, onde somos estimulados a permanecer em casa para conter a disseminação de um vírus que tem ceifado vidas por todo o mundo, será que em meio a tudo isso ainda há espaço para a gratidão? Precisamos entender que, independente das circunstâncias, devemos ser gratos, pois isto é algo que agrada o coração de Deus. 

"Sede agradecidos" (Col 3:15). Requerido dos filhos de Deus, a gratidão é algo significativo na vida do crente; uma virtude necessária e tão importante quanto a oração. Contudo, a gratidão não deve estar condicionada às circunstâncias nem basear-se em bens materiais; e se estamos em um momento desfavorável, não significa que devemos murmurar e negligenciar a gratidão, mas agir como Paulo: “Porque aprendi a viver contente em toda e qualquer situação” (Fp 4:11-13).

"Em tudo dai graças" (1Ts 5:18). A gratidão é também uma ordem bíblica: aconteça o que acontecer, nunca devemos deixar de agradecer ao Senhor, porque esta é a Sua vontade. De nossa parte, se queremos crescer na fé e nas virtudes, precisamos expressar este sentimento em todas as ocasiões; para tanto, temos em Cristo o nosso exemplo maior — apesar de ter levado uma vida difícil e cheia de dificuldades, Cristo não se lamentava; perseguido pelas autoridades religiosas e rejeitado pelo Seu povo, ainda assim Ele não murmurava, pelo contrário, em várias ocasiões vemos Jesus dando graças ao Pai (Mt 11:25).

Entretanto, a gratidão não se resume a um simples obrigado; ela expressa-se por meio de ações de graça, e a disposição do crente para servir é reflexo dessa gratidão. Agradecer é uma forma maravilhosa de nos relacionarmos com Deus, e se você não demonstra gratidão pelo que tem, não haverá motivos para você ter o que não tem. Portanto, agradeça mesmo nos momentos difíceis e Deus certamente lhe dará algo maior. 

Então, quanta gratidão genuína o Senhor tem encontrado em nossos corações? Estamos murmurando ou sendo agradecidos? De que forma estamos demonstrando a nossa gratidão? Dos atos de obediência, a prática da gratidão é pré-requisito para agradar a Deus. Que sejamos, pois, gratos ao Senhor em todos os momentos, pois a gratidão muda o nosso olhar diante das circunstâncias da vida. Lembra dos dez leprosos? Após serem curados, apenas um voltou para agradecer; não seja como os outros nove.

Extraído do sermão do Pr. Antônio Tadeu, domingo, 19 de abril de 2020, culto de adoração transmitido pela Igreja Batista Fundamentalista.

quinta-feira, 23 de abril de 2020

Dilma no Twitter: Fora, Bolsonaro

Sua quadrilha saqueou os cofres públicos, quebrou fundos de pensões, financiou obras em países de esquerda, usou estatais para drenar dinheiro para campanhas eleitorais e jogou o país na maior crise da sua história; enxotada da presidência, manteve seus direitos políticos (num grande acordo nacional) e chamou isso de golpe. Hoje, aliado ao PSDB e com o apoio do Centrão, tenta sequestrar a agenda política do governo e conspira para derrubar o presidente que ousou romper com a propinocracia. Porque golpe no 👌 dos outros é refresco.



quarta-feira, 22 de abril de 2020

Para você, quem é Jesus?


O que as pessoas dizem acerca de Jesus? Será que elas têm uma visão correta a Seu respeito? Muitos dizem que têm fé em Cristo, mas parece que essa fé não os impulsionam a uma mudança, uma transformação em suas vidas.

Conversando com os discípulos, Jesus os interrogou para saber se tinham uma ideia correta a Seu respeito: "Quem o povo diz ser o Filho do Homem?" Eles responderam dizendo que alguns achavam que Jesus era João Batista ressuscitado; pois pregava sobre arrependimento, criticava as autoridades religiosas (raça de víboras) e instruíra os discípulos a batizarem as pessoas, como se fosse um reativamento do ministério de João; outros achavam que Jesus seria um profeta que havia ressuscitado, como Elias ou Jeremias. Ouvindo o relato dos discípulos, e já sabendo previamente que era isso que as pessoas comentavam a Seu respeito, Jesus pergunta: “Mas vós, quem dizeis que eu sou?” Isso nos mostra que, independente do que as pessoas comentam ou discorrem acerca de Jesus, cada um deve ter sua própria impressão sobre Ele. Então Pedro, tomando a frente diz: "Tu és o Cristo, o filho do Deus vivo". 

Pedro não poderia ter dado melhor resposta; disse que Jesus era o Cristo, aquele que haveria de vir, o Filho do único e soberano Deus, a essência e encarnação do próprio Deus Criador. Diante dessa resposta, Jesus declarou: "Bem aventurado és, porque não foi carne nem sangue que te revelaram, mas o meu Pai que está nos céus". Ou seja, a verdade que Pedro acabara de dizer não saíra do seu intelecto, mas Deus que assim o revelou. O curioso é que Jesus, vendo que sua natureza divina começava a ser revelada, adverte os discípulos para que a ninguém dissessem que Ele seria o Cristo, pois Deus é quem revelaria a cada um, ou seja, os homens não seriam convencidos por argumentos humanos, mas o reconheceriam através da revelação dada pelo próprio Pai. 

Jesus nunca havia falado tão abertamente com os discípulos como a partir desse momento, mostrando-lhes que era necessário seguir para Jerusalém, sofrer perseguições, ser morto e ressuscitar. Mas Pedro, chamando Jesus à parte, repreendeu-o dizendo: “Senhor, tem compaixão de ti; de modo nenhum te acontecerá isso.” Como pode? O Pedro que recebera a revelação de que Jesus era o Cristo, agora era incapaz de entender os planos do Messias. Jesus então se dirige duramente a ele dizendo: "Arreda, Satanás! Tu és para mim pedra de tropeço, porque não compreendes as coisas que são de Deus, mas só as que são dos homens." Isso demonstra a natureza humana, dividida, que num instante ouve a revelação do Espírito, mas em seguida dá razão ao próprio entendimento terreno. Será que conhecemos de fato a Jesus? 

Agora perceba que não se tratava de qualquer um; desde que Jesus começou Seu ministério, Pedro sempre esteve envolvido, mas aproximando-se o fim da missão do Messias, o discípulo parecia ainda não entender claramente o que Cristo falava acerca da Sua morte. E não somente Pedro, muitos achavam que Jesus terminaria em algum palácio, mesmo Ele dizendo que o Filho do Homem não tinha onde reclinar a cabeça; outros até lhe pediram a honra de sentarem à sua direita, mostrando uma visão equivocada acerca do Seu ministério. Ainda hoje, muitos têm uma visão distorcida de quem é Jesus, e no futuro, poderão até alegar que O conheciam, pois profetizaram em Seu nome, expulsaram demônios e fizeram maravilhas, mas a estes Jesus dirá: "Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade.” (Mt 7:23).

Então, até onde conhecemos a Jesus? Qual a nossa real visão sobre Ele? Há muitos pontos de vista, mas somente através da Palavra de Deus poderemos obter a revelação acerca de quem Ele é. Através de Cristo, entendemos a Sua Palavra e através da Palavra, entendemos quem é Jesus Cristo. Quando o conhecemos de verdade, tudo muda na nossa vida, pois a Sua presença traz mudanças. Jesus é a fonte da água viva, o pão que nos alimenta, a verdade que nos liberta, o caminho que nos livra da mente religiosa, aquele que alivia o nosso fardo, o que traz a paz para um mundo de guerras e nos mostra o sentido real da vida. 

Que Deus confirme em cada um de nós, através da Palavra, quem é Jesus, pois se temos a convicção de que Ele é o Cristo, o filho do Deus vivo, nada mais importa; os antigos conceitos ficam para trás e tudo se faz novo, e isto vem graças ao Espírito Santo, pois a conversão não é uma ação da mente humana, mas uma ação do próprio Deus em favor dos homens; Ele mesmo nos convence. 

Extraído do sermão do Pr. Leandro Carvalho, quarta-feira, 15 de abril de 2020, transmissão online do Culto de Oração da Igreja Batista Fundamentalista. Texto base: Mateus 16:13-28

terça-feira, 21 de abril de 2020

Manda quem pode

No Piauí, prenderam um comerciante, algemaram o rapaz e deram-lhe uma gravata; sufocado, começou a passar mal e teve um ataque epilético. Caído no chão, com as mãos atadas nas costas, ficou se contorcendo como um animal... Seu crime: tentar ganhar o próprio sustento. O vídeo tem circulado o mundo e choca-nos por percebermos a insignificância do cidadão ante o poder repressivo do Estado.



segunda-feira, 20 de abril de 2020

Primeira aula online

Tivemos hoje nossa primeira aula à distância com o pessoal do 9º ano. O assunto abordado foi Notação Científica, um tema de Matemática, mas que envolve várias disciplinas, principalmente Física e Química. A aula em si foi tranquila, o trabalho maior foi elaborar o slide para fazer a exposição do assunto; o tempo de 40 minutos foi insuficiente para ver toda a apresentação, mas o pouco que ficou faltando foi visto logo em seguida, numa nova sala (o plano gratuito do aplicativo é limitado a 40 minutos). Com apenas 15 alunos, a participação deixou um pouco a desejar, mas sem os "incentivos" da nota e do registro de frequência, pode-se dizer que já era esperado. Mas o pior não foi isso; se eu tivesse gravado a aula, poderia disponibilizá-la no Youtube, daí o aluno poderia ver depois, mas quem disse que eu lembrei? Bom, amanhã tem mais uma.


domingo, 19 de abril de 2020

Dia do índio

Hoje é o dia do índio;

Devemos comemorar?

Pois tem índio sendo preso

Apenas por caminhar

Despido de munição,

Sem arma, no calçadão,

Ou por num banco sentar. 

sexta-feira, 17 de abril de 2020

Um mês sem aulas

Iniciando o ensino remoto pelo Zoom

Completamos hoje um mês sem aula. Nesse período, nenhuma ação da Secretaria de Educação (SEEC) foi repassada aos professores sobre a possibilidade da adoção de aulas à distância, nem mesmo orientações sobre ferramentas ou recursos que poderiam ser utilizados para envolver os alunos em atividades educacionais através da Internet. Por contra própria, e a partir do auxílio de um ex-aluno, descobri o aplicativo Zoom, um programa para reuniões e videoconferências bastante promissor e repleto de funcionalidades interessantes. Após alguns dias me familiarizando ao app, comecei hoje a divulgá-lo no grupo do 9º ano para iniciarmos na segunda-feira as nossas aulas à distância. Até lá, faremos algumas reuniões virtuais de teste para o pessoal ir se adaptando; a de hoje chegou a reunir sete pessoas, o que é um bom número para esse primeiro momento. 

quinta-feira, 16 de abril de 2020

Conflito Cósmico, o Textão


Passei os últimos sete dias envolvido em um estudo à distância sobre profecias bíblicas intitulado Conflito Cósmico. Ministrado por um pessoal adventista, a proposta do curso era não se ligar a nenhuma doutrina denominacional ou igreja. Ótimo — posso me equivocar com relação à ordem dos dias e assuntos abordados, pois todo o relato a seguir é baseado unicamente na memória que ainda mantenho acerca desse período de estudos, mas vamos lá.

De fato, no início, tudo parece muito isento e focado estritamente nas Escrituras; o curso inicia falando sobre a estátua de diferentes metais do sonho de Nabucodonosor (Dn 2:32-34), segue estudando os animais do sonho de Daniel (Dn 7:3-7) e no terceiro dia aborda especificamente o chifre pequeno que surge na cabeça do quarto animal (Dn 7:8), momento em é revelado tratar-se da igreja católica ou o papado romano. No quarto dia, o curso trata de fazer uma correlação entre sete festas judaicas e eventos bíblicos ocorridos ao longo da história, onde a Páscoa, os Pães Asmos e as Primícias representam a obra redentora de Cristo, com sua crucificação, sepultamento e ressurreição, tudo devidamente demonstrado através de slides bastante elaborados. Na sequência, ocorre um salto no tempo valendo-se de uma fórmula meio confusa onde dias são transformados em anos e, a partir de 457 a.C — ano em que um decreto de Artaxerxes I permitiu a reconstrução dos muros de Jerusalém — soma-se então os 2300 anos da profecia de Daniel até chegar ao número místico 1844, ano que marcaria a festa das Trombetas.

Para quem não sabe, 1844 entrou para a história como o ano do Grande Desapontamento, isso porque um grupo liderado por William Miller, os mileritas, com base nesse mesmo estudo do livro de Daniel e a partir do cálculo das 2300 tardes e manhãs, concluiu que este seria o ano da vinda de Cristo, o que fez com que muitos vendessem, doassem ou abandonassem tudo o que tinham para aguardar o arrebatamento que, como se sabe, não aconteceu. Contudo, um grupo remanescente dos mileritas — do qual descendem os adventistas — refez os cálculos e percebeu que eles estavam certos, mas o evento é que estava errado; 1844 não seria o ano da vinda de Cristo, mas o período temporal que marcaria a entrada de Jesus no lugar santíssimo do santuário celeste. A partir desse ponto, abordado no quinto dia do curso, começamos a perceber uma forte inclinação às doutrinas adventistas. Mas afinal, o que Jesus foi fazer no Santo dos Santos celestial a partir de 1844? Supostamente, analisar uma pilha gigantesca de livros para fazer o juízo investigativo de cada um conforme as suas obras. Pois é, segundo eles, Jesus seria uma espécie de burocrata que, não tendo concluído sua obra salvadora na cruz, estaria hoje sentado atrás de uma mesa, com um carimbo na mão, dizendo: “Próximo!”. Esta seria a característica da sexta festa, a da Expiação. A sétima festa, a dos Tabernáculos, ocorrerá no futuro, após a vinda de Cristo.

Pois bem, o curso segue fazendo uma relação entre as feras do sonho de Daniel e a primeira besta do Apocalipse, e a essa altura, ninguém se espanta quando é revelado que a besta do mar e o anticristo referem-se à mesma entidade: o Vaticano. E finalmente, no sétimo e último dia do curso (tinha que ser sete), é revelada a identidade da besta da terra: os EUA. Já alertando que este seria o dia mais difícil de entender, o professor larga a Bíblia e passa agora a usar uma série de prints de notícias relacionando o papa Francisco, os Estados Unidos, a ONU e o aquecimento global à sua teoria. Segundo ele, o sinal da besta seria o domingo, a marca de autoridade da igreja católica sobre o mundo.

O domingo estaria ligado à questão ambiental porque o papa teria sugerido em sua encíclica de 2015 intitulada “Sobre o Cuidado da Casa Comum” a adoção do domingo como dia de repouso da humanidade para o bem do meio ambiente. Segundo Francisco: “O dia de descanso, cujo centro é a Eucaristia, difunde a sua luz sobre a semana inteira e encoraja-nos a assumir o cuidado da natureza e dos pobres”. Ou seja, o papa representa o anticristo (Vaticano) que com a ajuda da besta da terra (EUA) instituirá o sinal da besta (domingo) a todos os povos e nações para que ninguém possa vender ou comprar, senão aqueles que tiverem esse sinal.

Terminado o curso, o que o professor não conseguiu explicar de maneira convincente foi: o que configuraria a adoração ao sinal da besta? Ele tentou responder fazendo um link com Ap 14.12: “...aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus”. Em outras palavras, aqueles que guardam os quatro primeiros mandamentos, isto é, os adventistas. Ele não citou explicitamente, mas de forma sutil foi isso que ficou exposto, pois quem observa o quarto mandamento, guarda o sábado, e quem santifica o sábado? Eles, os ASD.

O curioso é que todo o estudo foi feito a partir de interpretações, ou seja, sem pegar os termos-chave no sentido literal, e logo no início do curso o professor deixou claro: “Precisamos perguntar se o sentido do texto é literal ou figurado; se for literal, tudo deve ser literal, mas se for figurado, tudo tem que ser interpretado nesse sentido”. Mas, porém, contudo, entretanto, especificamente na palavra SINAL, simplesmente a palavra mais importante para a validação de toda a sua linha de raciocínio, ele fez questão de interpretá-la de forma literal, ao pé da letra, citando inclusive o original grego para indicar que a marca da besta não seria algo colocado nas pessoas, mas externo.

Em outras palavras, admitindo-se que o sinal da besta é realmente o domingo e que somente os adoradores do domingo — aqueles que respeitarem o “lockdown” mundial imposto pelo Vaticano através dos EUA — poderão comprar ou vender durante o resto da semana, como o governo ou o comércio saberá que alguém é ou não um adorador do domingo? Segundo o professor, esse controle não é importante, pois Deus sabe quem guardará os mandamentos (o bendito sábado) e quem guardará o domingo (o sinal da besta).

Resumindo: eles, os adventistas, seriam os remanescentes descritos em Apocalipse (12:17 e 14:12), uma espécie de igreja verdadeira dos santos dos últimos dias, pelo fato de anunciarem o juízo e guardarem os mandamentos, especialmente o sábado, o antídoto contra o sinal da besta. Pois é, esse foi o curso que no início se propunha a ser independente de doutrinas denominacionais e não puxar sardinha para nenhuma igreja. Obrigado por lerem até aqui, agora já podem me chamar de otário.

segunda-feira, 13 de abril de 2020

CORDEL DA ORAÇÃO


Criticando os fariseus,
Jesus nos ensina a orar:
Não sejas como os hipócritas,
Que oram pra se gabar;
Deves orar em secreto,
Que Deus Pai, no tempo certo,
Ele vai recompensar.

Não faça como os gentios,
Que com vãs repetições,
Pensam que o muito falar
Faz Deus ouvir orações,
Mas o Pai já sabe tudo,
Até se você for mudo,
Pois conhece os corações.

“E tudo quanto pedirem
Em meu nome o Pai fará”.
Mas não perca o seu tempo
Orando para ganhar
Aquilo que Deus não quer;
Carro, dinheiro ou mulher,
Ele pode não lhe dar.

Deus não é gênio da lâmpada,
Que faz materializar;
Ele dá força e coragem
Para VOCÊ conquistar.
Ele muda a situação
Conforme o seu coração
Para então lhe ajudar.

Mas o foco da oração
Não deve estar só em nós;
Oremos uns pelos outros,
Pois erguendo a nossa voz
Em conjunto com os irmãos,
Isolado ou dando as mãos,
Nunca estaremos sós.

Entendamos, pois, então,
Que é preciso a Deus chegar
E a Ele orar com fé
Para a situação mudar,
Pois oração tem poder,
Basta tão somente crer
Que a Seu tempo Ele fará.

domingo, 12 de abril de 2020

A grandeza do Messias

Esperavam um Messias
Grande, forte e poderoso
Jesus, humilde e bondoso
Por seu povo foi negado
E com espinhos coroado
Padeceu naquela cruz
Mas ressuscitou Jesus
No terceiro dia então
Cristo trouxe a salvação
Para este mundo sem luz

sábado, 11 de abril de 2020

Como deve ser a nossa oração?


“Disse um dos seus discípulos: Senhor, ensina-nos a orar, como também João ensinou aos seus discípulos.” (Lc 11:1).

Após criticar o modelo de oração farisaica, Jesus nos ensina, em Mateus 6, que ao contrário dos hipócritas, que procuram orar publicamente para serem vistos, nós devemos orar em secreto: “E teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente.” Jesus assim nos instrui porque oração é intimidade com Deus; é o momento em que falamos pessoalmente com o Senhor e apresentamos a Ele as nossas causas mais íntimas e urgentes. Cristo também nos ensina a não usarmos de vãs repetições, pois Deus sabe do que precisamos antes mesmo de pedirmos. "E tudo quanto pedirdes em meu nome eu o farei." (Jo 14:13).

Mas se Deus sabe tudo que necessitamos, por que devemos orar pedindo? Deus conhece todas as nossas necessidades e sabe o que iremos falar antes mesmo das palavras virem à nossa boca, mas a instrução é que sejamos dependentes de Deus e o reconheçamos como um Pai provedor. Entretanto, às vezes oramos a Deus por coisas que não nos convêm, e Deus, ciente de tudo, recusa-se a nos conceder porque sabe que aquilo não é o melhor para nós; ou ainda não é o momento certo. Além disso, muitas vezes nos acomodamos e queremos que Deus chegue com uma solução, mas sem que tenhamos exposto a situação perante Ele. Deus, contudo, quer que derramemos os nossos corações e dependamos completamente Dele, e é isso que nós devemos fazer.

Na oração do Pai Nosso — aquela que o Senhor nos ensinou — Jesus a inicia exaltando o Pai e submetendo-se aos Seus desígnios: “Faça-se a tua vontade”. Em “o pão nosso de cada dia dá-nos hoje”, Cristo nos mostra que devemos orar por nossas necessidades imediatas, aquelas que nos são mais urgentes, ensinando-nos a confiar na providência de Deus e a não ficar ansiosos com o dia de amanhã: “Basta a cada dia o seu próprio mal”. E ao final da oração, Jesus explica o que ela significa: que se perdoarmos as ofensas cometidas contra nós, também seremos perdoados pelas nossas ofensas cometidas contra Deus, mas se não houver perdão de nossa parte, também nós não seremos perdoados por Ele.

A oração, todavia, não deve estar focada apenas em nós mesmos ou na conquista de coisas; precisamos orar pelas causas e também uns pelos outros. Assim, se o momento é de incertezas, Deus é a primeira pessoa a quem devemos consultar, e se estamos passando por aflições, Ele é quem primeiro devemos estar buscando, pois é preciso que o Senhor esteja envolvido diante dos nossos problemas para que a solução venha. 

Entendamos, pois, que precisamos chegar aos átrios do Senhor e curvar os nossos corações muito mais do que os nossos joelhos, e que mesmo diante das dificuldades, Deus tem cuidado de nós, sabe o que temos enfrentado e tem ciência de tudo que precisamos; basta que tenhamos fé e esperemos no Senhor, pois no tempo oportuno Ele se fará presente e cumprirá em nós a Sua vontade. 

Baseado no sermão do Pr. Leandro Carvalho, transmitido domingo, 5 de abril de 2020, pela página da Igreja Batista Fundamentalista. Texto base: Mateus 6.

Por que existe alguma coisa ao invés do nada?

Outro dia eu comentei que um ex-aluno havia me convidado para uma palestra online usando o aplicativo Zoom, uma interessante ferramenta para reuniões à distância e videoconferências.

Hoje, esse mesmo aluno comandou um estudo sobre a autenticidade da Bíblia enquanto Palavra de Deus e citou alguns livros fundamentais para esse entendimento: Ceticismo da Fé, Em defesa de Cristo e Escavando a Verdade.

Respondendo a uma questão sobre a origem do universo, ele usou uma analogia desenvolvida por Rodrigo Silva (Ceticismo da Fé) para propor o seguinte raciocínio: se do nada, nada vem, e hoje existe alguma coisa, então sempre existiu alguma coisa. Que coisa é essa?

Obs. O vídeo foi editado e traz apenas parte do estudo.

sexta-feira, 10 de abril de 2020

Decreto sem noção

Às vésperas do feriado da Semana Santa, um dia antes das pessoas começarem a sacar os R$ 600 de auxílio do governo, a Rainha Vermelha do RN, para o bem da população e pensando em preservar vidas, publicou decreto limitando o horário e proibindo o funcionamento de padarias e supermercados aos domingos e feriados. Resultado: aglomerações; as pessoas tiveram que correr aos supermercados para garantirem suas feiras.



quinta-feira, 9 de abril de 2020

A necessidade de cultivarmos a fé


A Bíblia deixa claro que precisamos ter fé, “pois sem fé é impossível agradar a Deus” (Hb 11:6). Contudo, a fé não é estática, ou seja, não basta apenas ter fé, é preciso também cultivá-la. Os acontecimentos atuais trazem-nos a necessidade de cultivarmos a fé — para que hoje ela seja mais forte que ontem, e amanhã ela seja mais forte que hoje. Isto se faz necessário porque a fé vai sendo cada vez mais exigida para enfrentarmos os embates desta vida — e esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé (1Jo 5:4). Em nós, a semente da fé espera para ser cultivada e crescer, e com a fé fortalecida, poderemos avançar e conseguir grandes coisas, pois tudo é possível ao que crê (Mc 9:23).

A palavra fé, traduzida do original, nos fala de convicção, confiança, firmeza, fidelidade... Consequentemente, a fé vem pelo ouvir, o ouvir da mensagem proveniente da Palavra de Deus (Rm 10:17). No capítulo 5 do Evangelho de Marcos, vemos que certa mulher, doente há doze anos, “ouvindo falar de Jesus”, veio por detrás, entre a multidão, e tocou-Lhe as vestes. A fé capacita-nos a dar respostas prontas e seguras de acordo com a necessidade do momento, e a seguir, listamos três consequências provenientes da fé e as razões para cultivá-la. 

1. A fé nos faz continuar. A mulher, apesar de doente e diante dos obstáculos, não desistiu. Várias eram as dificuldades; a multidão, a sua condição física, a sua condição emocional, a sua condição financeira, mas nada disso a impediu de chegar até Jesus. E depois de tantas tentativas e experiências frustradas, não seria surpresa se ela tivesse desistido, mas mesmo com as esperanças reduzidas, a fé daquela mulher a fez seguir em frente e continuar. Insistindo, talvez achando que aquela poderia ser a sua última tentativa, encheu-se de fé e alcançou Jesus. — "Se você perdeu tudo nessa vida, menos a fé, então você não perdeu nada". 

2. A fé nos faz agir corretamente. A fé que fez aquela mulher não desistir, chegar até Jesus e tocá-lo, foi a mesma que a convenceu de que não poderia chegar até Cristo e mentir. A fé genuína não é interesseira; não pensa em receber bênçãos e milagres, dar as costas e ir embora, mas busca relacionar-se com Deus, Aquele que tudo vê e tudo sabe. Ela poderia simplesmente ter ido embora, pois logo após tocá-Lo, percebeu que havia sido curada, mas a fé daquela mulher foi completa, em Cristo Jesus, agindo com sinceridade perante Ele.

3. A fé nos dá a graça do milagre. Como podemos ver, a fé foi o que possibilitou a realização do milagre na vida daquela mulher, pois várias pessoas cercavam Jesus, mas somente o seu toque de fé fez de Cristo sair virtude. Por meio da fé, obtemos o milagre de Deus.

O texto nos mostra que, a exemplo daquela mulher, que cultivou a sua fé, acreditou, venceu as dificuldades, chegou até Jesus e recebeu Dele o milagre, também nós devemos estar cultivando a fé para podermos seguir em frente, agir de forma correta e contemplar as bênçãos e milagres que o Senhor tem nos concedido — e o maior deles é a nossa salvação.

Que o Senhor fortaleça a nossa fé para que sejamos capazes de vencer as dificuldades, superar as barreiras e seguir em frente confiantes na pessoa do Senhor Jesus Cristo. 

Extraído da reflexão da Palavra feita pelo Pr. Antônio Tadeu, quarta-feira, 08 de abril de 2020, durante o culto de oração transmitido pelo Facebook. Texto base: Marcos 5:25-34

Saindo da caverna - de novo

A aventura de hoje foi ir ao supermercado comprar alguns alimentos perecíveis, afinal não dá pra viver só de cuscuz com sardinha. Cheguei pouco mais de 8h e já havia bastante gente, mas como o supermercado é grande, a densidade populacional no seu interior era baixa. Na entrada, um funcionário aplicava álcool 70º nas mãos das pessoas e na barra do carrinho, e fazia o controle de entrada - uma pessoa por família - mas vi quando um casal insistiu pra entrar junto: "eu vou passar o cartão e ela vai escolher", disse o cidadão que acabou sendo liberado após o rapaz consultar o seu superior. Dentro da loja, muita gente usando máscara; na vez anterior que eu fui, as pessoas de máscara se destacavam, hoje  são as pessoas sem máscara que se destacam. Bom seria que todos colaborassem e usassem. Nos caixas, a distância maior entre os carrinhos e as pessoas faz com que as filas fiquem enormes, mas isso não é um problema; na hora de passar as comprar, pedi que a funcionária higienizasse as mãos e ela prontamente atendeu com bastante simpatia. Com relação aos preços, como era de se esperar, eles subiram, principalmente os hortifrutigranjeiros, mas não há o mínimo sinal de um possível desabastecimento. No geral, a experiência não foi ruim como no dia 22 de março; pelo contrário, senti até uma certa sensação de segurança. Chegando em casa, aquele processo, mas até que foi tranquilo; acho que estamos nos adaptando à situação. O ruim foi que eu saí pra comprar duas bandejas de ovos, botei três ou quatro coisas e deu mais de 90 reais.


Meme da vida real

Para ser contra o presidente, uma pá de gente está se associando a tudo quanto não presta nesse país - do PT ao Centrão, passando por Ditadória e Botafogo Maia - até contra um medicamento que está salvando vidas as pessoas estão se posicionando. A loucura atual que estamos vivendo é a realização de um meme: enquanto Bolsonaro luta contra a "dengue", parte da população prefere apoiar o "mosquito".


Zoom

Hoje, a convite de um ex-aluno, participei pela primeira vez de uma palestra transmitida pelo aplicativo Zoom, uma interessante alternativa para realização de reuniões virtuais e vídeo conferências. Uma coisa legal é que o anfitrião do grupo pode facilmente compartilhar a tela do próprio dispositivo enquanto faz a explanação do assunto e continuar com sua imagem em miniatura aparecendo no canto da tela. O aplicativo pode ser uma solução interessante para professores, mas tem a inconveniência de ser mais um app a ser instalado pelos alunos; se os recursos estivessem presentes no Facebook ou no WhatsApp, por exemplo, seria perfeito. Vou estudar as possibilidades.



terça-feira, 7 de abril de 2020

Como enfrentamos os momentos de angústia?


Por certo, como seres humanos, somos frágeis, vulneráveis e imperfeitos, mas essas limitações não invalidam as nossas qualidades e virtudes. As situações adversas que enfrentamos servem para que possamos testar essas qualidades: se somos fortes ou fracos, quais as nossas habilidades e quais os nossos limites. A forma como agimos diante das adversidades pode fazer uma grande diferença, e algumas  situações devem ser enfrentadas com determinação e coragem. Então, como enfrentamos os momentos de angústias? Como nos comportamos perante as dificuldades da vida? Nossa palavra de exortação é para que sejamos fortes, pois apesar de termos limitações e defeitos, temos também virtudes que precisam ser trabalhadas. A seguir, vemos alguns pontos fracos que devemos evitar e qual deve ser a nossa postura.

Covardia. Esta é uma das fraquezas mais comuns; e isso acontece porque muitas vezes adotamos uma postura passiva e não nos atrevemos em mudar a situação; nos omitimos de dizer aquilo que deveria ser dito ou porque simplesmente recuamos quando deveríamos avançar. Deus, contudo, não nos deu espírito de temor, mas de fortaleza, amor e moderação (2Tm 1:7). Portanto, ao invés da covardia, ousadia; tenha coragem para enfrentar os problemas com determinação e lembre-se que a Bíblia também nos ensina a sermos prudentes.  

Egoísmo. As pessoas egoístas são aquelas que visam apenas seus próprios interesses e não abrem mão de algo para o benefício do próximo; como alguém que vai no supermercado e compra todo estoque de álcool em gel e deixa os outros sem nada. Contudo, não é hora de sermos egoístas, mas de compartilharmos e nos ajudarmos uns aos outros. Então, ao invés do egoísmo, cultive a caridade, o altruísmo, e saiba repartir e compartilhar com o outro. 

Impaciência. Graças ao imediatismo da vida moderna, estamos sempre querendo tudo para já; isso nos leva a uma vida agitada e estressante que nos torna impacientes com as coisas e com as pessoas. Contudo, a paciência nos ajuda a tomar as decisões certas, oportunas e de acordo com a vontade de Deus. Quem se apressa pode facilmente cometer erros, mas quem tem paciência aumenta as chances de obter os melhores resultados — e assim como Deus é paciente conosco e nos dá muitas chances quando erramos, também nós devemos ser pacientes com o próximo e perdoar os seus erros cometidos contra nós. 

Como podemos ver, se nos momentos difíceis prevalecem os nossos pontos fracos, nossa força demonstra-se pequena para enfrentá-los. Precisamos, pois, nos valer das qualidades que nos capacitam e nos fortalecem para continuarmos seguindo em frente, pois Deus tem nos dado paz e vitória em meio à angústia, de modo que Nele podemos descansar. Nas aflições, entendemos que podemos depender totalmente de Deus e reconhecer que não somos nada sem Ele. Portanto, se os dias são difíceis, de apreensão e medo, com pessoas em pânico e inseguras, cabe a nós olharmos para nós mesmos e nos perguntarmos: “Como estamos agindo? Estamos nos mostrando frouxos ou estamos encarando essa situação com coragem, ousadia e paciência?”

Que possamos nos manter humildes e resilientes em Cristo Jesus, seguindo de cabeça erguida, combatendo o bom combate e prosseguindo para o alvo. Que o Senhor nos abençoe e nos encoraje para que possamos agir com paciência e usar as nossas virtudes de maneira correta para superar as adversidades. 

Extraído do sermão do Pr. Antônio Tadeu, domingo, 5 de abril de 2020, culto online transmitido pela Igreja Batista Fundamentalista.

segunda-feira, 6 de abril de 2020

Cordel: Jesus acalma o mar



PRA QUE TODA ESSA AGONIA
SE JESUS TÁ NO CONTROLE?

É tanta notícia ruim
Que sai da televisão
Que a gente pensa: "É o fim;
Já não há mais salvação".
E deixamos de enxergar
Além do simples olhar, 
Que Jesus é a solução.

No Evangelho de Marcos,
Vemos que Jesus, cansado,
Dormiu no vão de um dos barcos
Que iam para o outro lado,
Quando então veio a tormenta:
“Mestre, o barco não aguenta!”
Ele então foi acordado.

“Não estás vendo o temporal?”
Jesus pôs-se então de pé,
Repreendeu o vendaval,
Acalmou toda maré
E trazendo a luz do dia, 
Perguntou: "Pra que agonia?
Será que não tendes fé?”

Pensaram que iam morrer 
Mas Cristo acalmou o mar. 
Vendo eles Seu poder, 
Começaram a perguntar:
“Quem é este que até
O vento, a chuva e a maré
Obedecem ao seu falar?”

Ele é o mesmo Jesus
Que acalmou a tempestade. 
Busque então a sua luz, 
Creia com sinceridade
Que Ele está sempre por perto
E agirá no tempo certo
Conforme a Sua vontade.

Jesus não chega atrasado,
Nunca é pego de surpresa,
Tem tudo bem controlado;
Disso, pode ter certeza
Que não tem dificuldade,
Vírus, mal ou tempestade
Que supere a Sua grandeza.

Jornalismo investigativo

Se é seguro sair à rua usando máscara, mantendo distância das pessoas, higienizando as mãos com álcool gel e mantendo os grupos de risco em casa, por que continuar com essa quarentena total? Algum veículo de imprensa já investigou, por exemplo, quantos funcionários de supermercados, farmácias e entregadores foram afastados do trabalho com suspeitas da Covid-19 e quantos foram confirmados?

sexta-feira, 3 de abril de 2020

Doutrina da Salvação - Parte II


Após abordarmos os efeitos imediatos da salvação na vida daqueles que se convertem a Cristo, hoje falaremos sobre os benefícios da salvação para o homem. A salvação, como sabemos, se dá quando o homem, num ato voluntário de arrependimento e fé, crê no Senhor Jesus e o aceita como seu único e suficiente Salvador (João 3:16). Além disso, a salvação não é destinada somente a nós, mas também às nossas famílias; esta é uma promessa que se estende aos de nossa casa e também eles podem ser alcançados (At 16:31). Entretanto, apesar de ser de Deus a iniciativa de salvar aqueles que creem, a decisão de crer para ser salvo recai sobre homem. A salvação é pessoal e compete a cada um tomar sua própria decisão. Para tanto, é preciso crer, e isto não significa subir o monte, andar com a Bíblia debaixo do braço ou fazer penitência, mas que é pela fé, mediante a decisão sincera do pecador arrependido que inclina-se para Cristo. 

O perdão dos pecados (Mt 9:2; 1Jo 2:12).
Apesar de algumas situações que enfrentamos serem consequências de más ações que cometemos, isto não significa que todas as doenças são motivadas por pecados cometidos; mas que, no sentido geral, as enfermidades são decorrentes do pecado do homem. Cristo, porém, nos oferece não somente uma cura física, mas também espiritual. O sacrifício de Jesus, como cordeiro de Deus, foi justamente para nos livrar dessa maldição do pecado. Na antiguidade, usavam-se animais em rituais de expiação e propiciação, mas eis que veio o Cordeiro de Deus que, sem máculas e sem pecados, realizou o sacrifício definitivo pelo perdão dos pecados da humanidade. Então, por mais que você seja íntegro e se ache uma pessoa do bem, é necessário que você perceba-se como pecador; não que você esteja fazendo algo errado agora, mas porque já nasceu na condição pecador. Contudo, tão abrangente quanto o pecado da humanidade é a salvação em Jesus por meio da Sua graça, mas se o homem prefere rejeitar esse benefício, a falta recai sobre ele, não sobre Cristo. 

A justificação (Rm 3:24-28; Rm 5:1).
A justificação é consequência do perdão dos pecados. Graças ao sacrifício do Cordeiro, chegamos hoje justificados diante de Deus; sem culpa, mas não por algo que fizemos para merecer, mas pelo que Cristo fez por nós na cruz do calvário. A justificação não revela aquilo que o homem é em si mesmo, mas aquilo no qual Cristo o transformou: “Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo.” (Rm 5:1).

É isso que a salvação propicia ao homem: perdão dos pecados e justificação diante do Pai; benefícios estes que fazem parte da obra redentora de Deus para a salvação do homem e estão destinados àqueles que creem e aceitam a Jesus como seu único e suficiente Salvador e Senhor. Portanto, reflita sobre tudo isso; e se Deus falou ao seu coração, creia, faça sua decisão e entregue sua vida a Jesus antes que seja tarde demais para isso. Hoje você tem o livre arbítrio para fazer a sua escolha. Eis que "ponho diante de ti a vida e a morte, a bênção e a maldição. Escolhe, pois, a vida, para que vivas tu e teus filhos” (Dt 30:19).

Extraído do sermão do Pr Antônio Tadeu, domingo, 8 de março de 2020, na Igreja Batista Fundamentalista de Mossoró.

quinta-feira, 2 de abril de 2020

Não desanime, Jesus está no controle


Tomadas pelas ondas de pânico que têm se espalhando pela mídia, muitas pessoas hoje se sentem inseguras, angustiadas e inquietas com toda essa enxurrada de notícias ruins que vêm recebendo diariamente — quando somos levados a acreditar que as coisas só irão piorar, deixamos de enxergar além do horizonte imediato e passamos a nos sentir como se estivéssemos sós, desamparados, sem saber o que fazer em meio à tempestade. Contudo, devemos lembrar que Deus está no controle e sabe todas as coisas. Deus não é pego de surpresa. 

No Evangelho Segundo Marcos, vemos que Jesus havia passado um longo tempo orando e ensinando pelos montes; cansado, durante uma travessia de barco, deitou-se e dormiu. Diante de uma tempestade repentina, os discípulos, muitos deles experientes em navegação, parece que tentam administrar a situação, mas impotentes em meio à fúria das águas e dos ventos, e percebendo que estavam já para afundar, vão até Jesus e o acordam. No relato bíblico, três perguntas nos chamam a atenção: 

Não te importas que pereçamos?
Algo que nos irrita bastante é quando estamos preocupados e agitados com algo e vemos outra pessoa, na mesma situação, tranquila, sem fazer nada, como se não se importasse com aquilo. Às vezes, o que mais nos dói não é a tempestade em si, mas o silêncio de Deus diante dela. Contudo, precisamos entender que o silêncio de Deus proporciona em nós a esperança: o esperar no Senhor. Mas por que Ele está demorando? Será que Deus não está ouvindo? Na verdade, Deus tem o tempo certo para cada situação. Lembra de Lázaro? "Se o Senhor estivesse aqui, meu irmão não teria morrido". Será que Jesus foi pego de surpresa diante daquela situação, ou será que Ele, propositadamente, usou aquela oportunidade para nos ensinar e nos mostrar quem Ele é? Portanto, espere em Deus e confie, pois “o choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã” (Sl 30:5).

Ainda não tendes fé?
Ora, se Jesus falou que eles iriam para o outro lado, certamente haveriam de chegar lá, mas talvez por ainda não entenderem o poder de Jesus, os discípulos parecem ter esquecido quem estava com eles no barco. Neste momento de incertezas que estamos atravessando, muitas pessoas podem ter sido pegas de surpresa, com dívidas, desassistidas e levadas ao desespero, mas é justamente quando achamos que não há mais saída que Jesus vem e acalma a tempestade. Admirados com o que haviam acabado de presenciar, os discípulos sentiram grande temor; ficaram perplexos, estupefatos diante daquela situação dada por perdida. Mas Deus é aquele que acalma as tempestades e pode fazer milagres em meio a todo o caos que ora se estabelece na sua vida, ou será que ainda não tendes fé?

Quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem? 
Operando sinais e maravilhas por onde passava, Jesus não se cansava de surpreender aqueles que o cercavam: “Quem é este que cura leprosos, quem é este que expulsa demônios, quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem?” Jesus é a água da vida, o nosso mediador, a nossa eterna salvação; e graças a Ele estamos aqui, louvando e engrandecendo o Seu santo nome, porque Ele está no controle.

Portanto, se você está passando por dificuldades, exercite a sua fé, tenha paciência diante das circunstâncias e espere em Deus — mantenha a esperança — porque Deus não é pego de surpresa. Deus não chega atrasado. E esteja certo de que, no devido momento, o Senhor trará bonança à sua vida, porque é assim que o Senhor trabalha; no momento oportuno, Ele rompe o silêncio e acalma a tempestade.

Baseado na mensagem extraída da transmissão ao vivo (live) realizada pelo Pr. Leandro Carvalho, quarta-feira, 01 de abril de 2020. Texto base: Marcos 4:35-41

quarta-feira, 1 de abril de 2020

Motivos da nossa participação no templo


Depois de apresentarmos algumas argumentações acerca da importância do templo dentro do conceito de igreja local, destacamos a seguir, alguns aspectos e motivos relevantes para a participação do crente na congregação — pois mesmo entendendo o significado de igreja, não podemos simplesmente invalidar a necessidade que temos de nos reunir no espaço físico denominado templo. 

1. A salvação. “Pois um dia nos teus átrios vale mais que mil; prefiro estar à porta da casa do meu Deus, a permanecer nas tendas da perversidade.” (Sl 84:10). Sendo salvo, certamente você sentirá o desejo de se congregar e estar entre os irmãos; mas onde eles estarão reunidos? Na igreja, o local que tem estrutura física para isso. Todavia, bem sabemos que igreja não salva; mas se você é salvo, certamente vai querer participar da igreja. A salvação nos torna cidadãos celestiais, e isto significa que não pertencemos mais a este mundo; isto se dá graças ao processo de santificação que inicia-se aqui e continua na Glória, onde chegaremos à estatura perfeita, da qual Cristo é o modelo (Ef 4). Para tanto, precisamos ter parâmetros e exemplos palpáveis de pessoas que, assim como nós, estão inseridas nesse processo. “Por isso exortai-vos uns aos outros, e edificai-vos uns aos outros” (1Ts 5:11).

2. Há uma ordem bíblica pra isso. “Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns” (Hb 10:25). Nos textos bíblicos, especialmente nas cartas de Paulo, encontramos instruções específicas sobre os requisitos e encargos das lideranças (1Tm 3), assim como orientações direcionadas a toda a congregação mostrando que a igreja é um corpo onde os membros trabalham em unidade, cada um fazendo a sua parte e contribuindo para o todo (1Co 12). Assim, um exorta, outro ensina, outro evangeliza, outro canta, outro toca, etc. Além disso, o princípio de se congregar é mostrado inclusive por Jesus, que ia às sinagogas e participava de ajuntamentos. Então, não podemos simplesmente deixar de nos congregar; há uma ordem expressa para isso, e o local onde nos congregamos é na igreja. 

3. Adoração coletiva pública. Com seus ajuntamentos, a igreja expressa publicamente a adoração comunitária. É claro que você pode orar e louvar a Deus sozinho, em secreto; pode fazer isso com outra pessoa, como Paulo e Silas na prisão, mas há também o aspecto da adoração em conjunto. No Antigo Testamento, vemos Davi preparando músicos e convocando o povo para louvar a Deus, inclusive em voz alta (1Cr 15:16,25); Josafá preparou o povo para cantar e, rendendo graças ao Senhor, derrotou um exército (2Cr 20:21), e quando Pedro foi preso, a igreja permaneceu junta orando intensamente por ele (At 12:5). Ou seja, o aspecto da adoração coletiva é importante e ocorre em um mesmo local; hoje, não nos montes, em cavernas ou nas casas, mas nos templos. Além disso, há ainda o partir do pão; a Santa Ceia nos foi dada para que juntos lembrássemos o sacrifício de Cristo. 

É tempo de permanecermos unidos e refletirmos sobre o que está acontecendo, pois muitos que não valorizavam a congregação, talvez agora sintam falta dela. Sabemos que há pessoas que passam semanas, até meses, sem aparecer na igreja, e após tudo isso passar, talvez repensem suas prioridades e olhem de forma diferente acerca da comunhão e daquilo que realmente importa. Estar sentado com a família louvando a Deus é muito bom e o momento é propício para isso; então, usemos o tempo com sabedoria, e quando estivermos cultuando ao Senhor, seja no templo ou em casa, louvemos e adoremos, juntos, com a devida reverência que o Senhor merece. 

Resumindo o que foi dito, devemos nos congregar sim, pois somos salvos, há uma ordem expressa nesse sentido e precisamos adorar ao Senhor publicamente; seja no templo ou em espaços abertos, precisamos valorizar a congregação enquanto igreja local e reconhecer a importância da comunhão. A Igreja é visível, pública e presente, não em figura, mas em verdade, e os que estão em Cristo nela estarão. 

Extraído do culto online transmitido pela Igreja Batista Fundamentalista e baseado na mensagem dos pastores Antônio Tadeu e Leandro Carvalho, domingo, 29 de março de 2020.