quarta-feira, 31 de março de 2021

Desigrejados

A verdade é que muitos que adotam a teoria dos desigrejados são pessoas frustradas, ressentidas e que não querem estar debaixo de autoridade. Algumas dessas pessoas foram instruídas de forma errada e, por causa de experiências desagradáveis em determinadas denominações, acabaram abandonando a ideia de igreja como um todo, e isso é um erro.

Sabemos sim que há problemas nas igrejas, afinal, igrejas são pessoas, e pessoas juntas geram conflitos e problemas. Jesus andou com apenas doze e teve problemas com um; e à medida que a igreja primitiva foi crescendo, problemas também foram surgindo, inclusive entre os próprios apóstolos.

Então, é preciso saber separar as coisas e não abandonar a congregação, como é costume de alguns (Hb 10:25). Como podemos ver, há uma ordem expressa para congregarmos; então, se você é crente, obedeça. Caso contrário, "por que me chamais Senhor se não fazeis o que vos digo?" (Lc 6:46).


segunda-feira, 29 de março de 2021

O segredo do meu corpinho

No mundo digital das redes sociais, não tem jeito; estamos o tempo todo vendo e sendo vistos. Podemos pensar que não, mas há sempre alguém nos observando e acompanhando nossa rotina. Hoje, uma seguidora rompeu o silêncio e perguntou: "Boa noite, amigo. Uma curiosidade. Há quanto tempo você está de vida saudável (magro)? Exercício e alimentação?” Como talvez outras pessoas possam ter a mesma curiosidade, compartilho aqui a minha resposta.

Em 2013, eu pesava oitenta e poucos quilos. Comecei a tomar Herbalife e em um ano abaixei para 72 kg. Daí fiquei mantendo. Em 2017, seis meses após parar de beber, abaixei para 59 kg. Entrei na academia em 2018 com 60 kg, fiz uma dieta para ganhar peso e estabilizei nos 67 kg, meu peso atual.

Tenho uma alimentação bastante simples: cuscuz, batata doce, ovo, tapioca, arroz integral, aveia, peito de frango, leite. É basicamente o que como diariamente. Comida de verdade. Meu almoço de ontem, por exemplo, foi macarrão integral com sardinha e ovo cozido; hoje foi um cuscuz com aveia e ovo, mas geralmente preparo apenas um carboidrato e uma proteína em cada refeição. As opções são poucas, basicamente, batata doce, cuscuz, arroz integral ou macarrão integral. A proteína costuma ser peito de frango (sassami), sardinha ou ovo na maioria das vezes. Faço cozido quando é com batata ou macarrão, mas com arroz ou cuscuz eu prefiro frito.

O lanche é quase sempre tapioca, crepioca, uma fruta ou um shake/vitamina. Aqui e acolá aparece um bolo, mas passo uma semana pra comer uma fatia de quatro dedos. Não uso açúcar. Às vezes polvilho um pouco quando faço a crepioca com limão, mas é só nesse caso, e é bem pouco mesmo. Acredito que parar de consumir açúcar melhora o paladar; você passa a perceber melhor o sabor dos alimentos. Café amargo, por exemplo, só é ruim no início, e nem é tão ruim assim se você usar um grão de qualidade. Depois de um tempo, já nem sente falta de açúcar.

Além da musculação, faço caminhadas. Já tentei correr algumas vezes, mas tenho tornozelos sensíveis (podres). O negócio é começar aos poucos, caminhando, depois de perder peso e adquirir resistência, passa a correr, mas se a distância é uma só, a energia gasta é a mesma. Correr só é mais rápido.

É isso. Como diria Raul: “queira, basta ser sincero e desejar profundo”. Estabeleça um sonho, tipo, correr a São Silvestre de 2023 e vá se preparando.

Almoço de ontem 😅


domingo, 28 de março de 2021

Brasil em 5º no ranking da vacinação e o mimimi dos números relativos


Não sei se vocês estão sabendo, mas o Brasil é hoje o 5º país que mais vacinou contra a Covid-19 no mundo; somente atrás de EUA, China, Índia e Reino Unido.
“Ah, mas isso é desonestidade; por que não coloca a proporção da população?”
Interessante observação. Mas por que os números referentes à vacinação deveriam ser informados de maneira relativa (percentual) se os novos casos, internações e mortes são sempre divulgados em números absolutos?

Deixando as narrativas de lado, será que existe uma forma mais apropriada de apresentar essas informações? A resposta é sim, e é exatamente o oposto do que a grande mídia vem fazendo.

Como?
Ao contrário do que os teleguiados acreditam, a maneira mais lógica é dar preferência aos números relativos para apresentar a situação da doença e aos números absolutos para mostrar o quadro atual da vacina.

Por quê?
A explicação é simples: enquanto o vírus se dissemina exponencialmente sem limitações significativas de tempo e espaço, a vacina enfrenta diversas barreiras físicas, como temperatura, logística de transporte, aquisição de insumos, tempo de fabricação, mão de obra humana, etc.

Tudo isso faz com que mesmo que hoje houvesse o dobro de vacinados no Brasil, em virtude das dimensões do país e do número de habitantes, em termos relativos, ainda assim estaríamos bem atrás de países pequenos e menos populosos que montaram estruturas muito menores de vacinação. Simples assim. Os gráficos estão aí para conferir. Mas, claro, desonestos são os outros.




sábado, 27 de março de 2021

Polícia da Covid

Tempos de crises são também tempos de oportunidades, então não se admire se em breve as pessoas começarem a sugerir que aqueles que recebem o auxílio emergencial passem a prestar algum tipo de serviço comunitário para dar algum retorno à sociedade. Dentre os serviços propostos, anote aí: "um será criado com o objetivo de fortalecer as forças pela vida no combate ao vírus'', disseram as vozes na minha cabeça.

Assim, baseados nas experiências de municípios que teriam obtido êxito na redução de mortes por Covid-19 ao proibirem a circulação de pessoas e fecharem quase tudo, inclusive estabelecimentos essenciais (de forma temporária) como supermercados e postos de gasolina, governadores e prefeitos serão estimulados a colocar essas medidas em prática e alguns buscarão implementá-las de maneira ainda mais rígida e por mais tempo, mas para tanto, precisarão reforçar o efetivo de suas respectivas forças de segurança; como não poderão contratar novos policiais, deverão aproveitar a massa ociosa que perdeu o emprego após a quebradeira provocada pelo trancamento total imposto por eles mesmos. 

E é assim que deverá surgir a "Patrulha pela Vida", ou “Guarda Sanitária” — mas em pouco tempo as pessoas a chamarão de Polícia da Covid — uma espécie de uma força cidadã de repressão às aglomerações e de combate às condutas suspeitas de disseminação de vírus. O efetivo deverá atuar de forma ostensiva em espaços públicos e como reforço na contenção de pessoas que se recusarem a colaborar com os decretos.

Mas fique tranquilo; se você preferir continuar recebendo sem trabalhar, não terá motivos para preocupação; algo assim não costuma ser obrigatório. Você receberá seu benefício mesmo sem se alistar em nenhum serviço; só passará a receber menos.

Imagem: Twitter: Hoje no Mundo Militar - @hoje_no


Decisões indecisas da Secretaria de Educação do RN

Sabemos que estamos atravessando um momento complicado e que tratar da educação nunca foi uma tarefa fácil, mas o show de bizarrices promovido pela SEEC é algo sem precedentes no nosso estado.

Desde o ano passado, temos assistido a um festival de decisões confusas e indecisas que fazem com que aquilo que é dito não possa ser escrito. Esta semana, uma portaria da secretaria de educação determinou a antecipação do recesso escolar e estabeleceu o calendário das atividades para o ano letivo de 2021, dentre outros provimentos; e até aí, tudo bem, mas três dias depois, uma outra portaria é publicada empurrando as datas para uma semana depois.

E por que o drama? O grande problema é que estas são medidas que afetam não só a rede estadual, mas também os municípios. Além disso, na minha opinião, essa insegurança contribui para provocar traumas psicológicos nos estudantes, pois a todo instante são informados que aquilo que foi dito já não vale mais, e o que agora está sendo dito não tem garantia nenhuma de que poderá vir a se concretizar.

Tá, eu sei que a pandemia é também algo sem precedentes, mas não são estes que, em meio à crise sanitária, vivem de cobrar planejamentos daqueles que tiveram que aprender a ensinar à distância enquanto davam aulas à distância? Pois bem, é essa a minha observação.

sexta-feira, 26 de março de 2021

"Todo mundo que morrer pode botar na conta do Bozo"

Na semana passada, em resposta a uma mensagem de pêsames postada pelo filho do presidente, o deputado MamaeLacrei deu a entender que Bolsonaro causou a morte do senador Major Olímpio ao não providenciar uma chegada mais cedo das vacinas. 

Embalado pela provocação do youtuber, um participante do Copinho ANVISA comentou: "Pior que não mentiu. Todo mundo q morrer pode botar na conta do bozo, já era pra vacina tá aí".

A opinião do colega não ganhou eco no grupo, mas assim como ele, muita gente tem esse mesmo pensamento. Todavia, como podemos ver no print abaixo, a vacina (CoronaVac) não nos dá essa certeza. O secretário de saúde do município de Lins/SP estava entre as primeiras pessoas plenamente vacinadas no Brasil; sua primeira dose foi administrada logo na primeira semana de vacinação, mas a notícia da sua morte nos mostra que não é porque alguém tomou o imunizante que agora está isento de ser vítima da Covid-19.

"Ah, mas isso é desonesto; você está pegando um caso isolado para tentar derrubar a tese de que a vacina não imuniza as pessoas", contestou o colega que havia endossado o Arthur do Mal.

De fato, eu mesmo já falei que pegar um único caso para provar uma generalização é algo complicado e beira a desonestidade. Por exemplo, pegar a morte de um atleta para justificar que todas as academias devem ser fechadas, ou usar a morte de um professor que estava dando aulas presenciais como justificativa para fechar todas as escolas — afinal, professores também morrem de Covid sem estarem em sala de aula — mas o que fiz foi exatamente o contrário: peguei um único caso para refutar uma generalização, pois contra uma afirmação de 100%, 1 já é suficiente.

Além disso, meu argumento não foi contra a CoronaVac, mas contra a alegação de que "todo mundo" que morre por não ter recebido a vacina a tempo é culpa do presidente, pois de acordo com esse raciocínio, o imunizante daria 100% de proteção às pessoas, mas como já vimos, isso não é verdade — sem falar do tempo que leva para vacinar mais de 200 milhões de brasileiros.

Ai, ai, eu deveria estar sendo pago. 😅



quinta-feira, 25 de março de 2021

Homens Irrepreensíveis


Hoje, última quinta-feira do mês, tivemos mais uma reunião do Ministério aos Homens; desta vez, realizada de forma virtual. A videoconferência teve início às 19h30 e foi comandada pelo irmão Márcio Nascimento, que também esteve à frente dos louvores. A preleção ficou a cargo do irmão Rodrigo, que falou sobre o tema Homens Irrepreensíveis, e os pastores Tadeu e Leandro participaram com considerações finais e avisos. Apesar da distância e das limitações do modelo virtual, foi possível meditarmos um pouco sobre a importância de sermos homens Irrepreensíveis, não no sentido de nos acharmos perfeitos, pois somos falhos e sujeitos ao erro, mas para que sejamos íntegros e confiáveis, homens contra os quais não há repreensão ou censura. Seja em casa, na Igreja, no trabalho ou alhures, devemos ser homens que ninguém possa culpar de nada. (1Tm 3:2) NTLH.


Brasil Covid: 300 mil mortos

De acordo com as previsões do biólogo e doutor em microbiologia Atila Iamarino, feitas em março de 2020 e a partir de uma projeção do Imperial College de Londres, não era para o Brasil ter batido 1 milhão de mortos por covid-19 em agosto de 2020? O fato do país contar hoje 300 mil óbitos pela doença não significaria que centenas de milhares de vidas foram salvas pelas medidas de distanciamento, higienização e eficiência no tratamento que, apesar de “toscas", segundo avaliou o pesquisador, têm surtido efeito em atrasar a ação do vírus? Neste sentido, como alguns podem falar em genocídio se, diante desse cenário, é possível enxergar exatamente o oposto disso?


quarta-feira, 24 de março de 2021

Deputado sugere que a governadora do RN deveria se vacinar na Paraíba


Por meio de videoconferência, o deputado estadual Gustavo Carvalho (PSDB) sugeriu durante audiência virtual da ALERN que a governadora do Rio Grande do Norte vá até a Paraíba para tomar a vacina contra a Covid-19. A recomendação ocorre porque enquanto o RN ainda está vacinando na faixa dos 74 anos, no estado vizinho, a imunização já atende idosos a partir dos 65 anos, exatamente a idade da governadora.

Fátima pertence ao grupo de risco; tem idade avançada e é asmática. Como paraibana, a petista deveria cuidar de garantir sua saúde e se vacinar logo, pois aqui, do jeito que a coisa vai, corre o risco dela ser vítima da ineficiência do próprio governo.



terça-feira, 23 de março de 2021

Debate: MHO sobre o fechamento das academias


Academias podem ser consideradas desnecessárias para muita gente, mas para outros elas são absolutamente essenciais. A questão, portanto, não é simplesmente a pessoa estar preocupada com musculação, mas em manter-se fisicamente ativa.

Assim, para rebater o colega de grupo que postou o tweet em tela, mostrei uma pesquisa que apontou que a hospitalização de pacientes com covid-19 é significativamente menor entre aqueles que praticam exercícios físicos regularmente. O estudo observacional analisou o impacto da atividade física e do sedentarismo nos desfechos clínicos de pacientes que se curaram da Covid-19 e o resultado foi que no grupo das pessoas fisicamente ativas, o índice de internações foi 34% inferior ao do grupo dos sedentários.

Como o assunto gerou uma discussão sobre a essencialidade das academias, se deveriam ou não permanecerem abertas, outro participante do grupo postou a seguinte notícia para pontuar seu posicionamento:
"Triatleta com três edições de Ironman morre de Covid-19". https://urbsmagna.com/triatleta-com-tres-edicoes-de-ironman-morre-de-covid-19/ 
E logo em seguida acrescentou:
"Boa noite para o pessoal que acha que ir para a academia é ter garantia de saúde contra o Coronavírus".
Os textos a seguir foram em resposta a essa provocação.

É incrível como CERTAS PESSOAS não conseguem falar o que pensam sem distorcer o que os outros falam ou pensam. Aqui, ninguém disse que "ir para a academia é ter garantia de saúde contra o Coronavírus", mas tá lá o cidadão postando notícia e dando a entender que se um atleta de ponta morreu de Covid, quem é você para pensar que vai se livrar da doença se cagando com 30 kg no supino? Tem que fechar mesmo, dane-se esse estudo nagacionista, feito por quem mesmo? Universidades brasileiras? Kkkkkk...

Todo mundo sabe que há diferentes respostas ao vírus; uns não sentem nada, outros têm uma gripezinha, outros acabam internados, e destes, muitos vão a óbito. Também é sabido que fatores como obesidade, problemas cardíacos, problemas renais e diabetes, por exemplo, contribuem para o agravamento do quadro daqueles que contraem a doença. Por outro lado, a prática de exercícios físicos regulares promovem uma melhora no quadro de saúde e no sistema imunológico e contribui para evitar uma série de comorbidades que, como já foi dito, agravam a doença. Agora, pegar um caso de um atleta que morreu de Covid-19 para tentar ridicularizar aqueles que acreditam que as academias abertas fazem mais bem do que mal é totalmente descabido e beira a desonestidade intelectual, ainda mais acrescentando que quem pensa assim supostamente acredita que academia garante saúde contra o vírus. Não, não garante. É um risco? É. Tanto quanto ir ao supermercado ou pegar um ônibus. Viver é arriscado, ficar em casa, também.
"Desonestidade intelectual... Ninguém pode emitir uma opinião que é logo acusado de desonestidade intelectual. "
Pode e deve, mas não foi isso que você fez. Se sim, precisa deixar mais claro qual seja a opinião. Pegar exemplos de mortes para servir de argumento genérico é algo complicado e sim, beira a desonestidade. Por exemplo, todos nós sabemos que o marido de uma vereadora morreu recentemente vítima do Coronavírus; ele era professor e estava sem dar aulas (presenciais). Agora imagine que Fátima tivesse mantido a decisão de retornar as aulas presenciais no início de fevereiro; a morte do professor certamente poderia ser apontada como tendo sido causada pelo retorno das aulas, mas isso não aconteceu e, assim como ele, outros professores morreram e vários adoeceram mesmo estando fora de sala de aula. Então, usar de uma ou mais mortes para justificar um posicionamento é, de certa forma, oportunismo.
"Ah, mas se os frequentadores de academia têm menor chance de desenvolver a forma grave da doença, não significa que seus familiares, a quem eles eventualmente podem transmitir o vírus, terão a mesma sorte. Um sistema imunológico forte não evita de ser vetor."
Verdade. Todavia, diversos serviços ditos essenciais foram liberados para funcionar. Nesses estabelecimentos não trabalham pessoas? Essas pessoas não têm famílias? Por que o raciocínio daqueles que são contrários às academias não se estende às atividades que um burocrata decretou ser essencial? Se, por acaso, a governadora mudar de ideia e passar a considerar as academias, ginásios e box essenciais, esses que agora argumentam contra elas também mudaram suas opiniões?

Na última sexta-feira, ao chegar na academia, presenciei o final de uma reunião com a moça da recepção e o pessoal da limpeza, cerca de quatro ou cinco pessoas. Ouvi quando a moça falou algo do tipo "ainda não está certo, mas vamos torcer para não fechar" (referindo-se à questão da liminar ganha na justiça), ao que as ASG's comentaram "se Deus quiser!", "tomara que dê certo!", e em seguida voltaram para seus afazeres. Só para ter uma ideia do que é ter seu emprego ameaçado por não ser considerado essencial.


segunda-feira, 22 de março de 2021

Estranho jeito de salvar vidas

Tratamento precoce diminui o número de internações?
Campanha contra o tratamento precoce.

Exposição ao sol fortalece o sistema imunológico e diminui o número de internações?
Fechem as praias e os parques, cancelem o domingo, todo mundo pra dentro de casa!

Exercícios físicos diminuem o número de internações?
Proíbam as academias!



domingo, 21 de março de 2021

Discurso do governo antes e depois do colapso no RN

Imagens printadas do Blog do BG e Twitter

Percebam aí a estratégia: se o governo antecipa-se ao problema e prepara o serviço de saúde para diminuir o número de mortes e evitar um colapso no sistema, a existência prévia de leitos acaba não gerando ganho político, afinal o governo estaria fazendo apenas o que lhe é devido; e se está fazendo bem, não é mais do que sua obrigação. Entretanto, se forem usadas justificativas para não abri-los previamente, como as alegações de que ampliar o número de UTI's é "enxugar gelo" ou que "estimula as pessoas a aglomerar", cria-se uma reação social negativa que, apesar de rápida e intensa, é momentânea e esvai-se no momento em que a mídia governista entra em ação; a impressão negativa é então empanada pela ação providencial da governadora que, no momento de maior clamor, chega com a providência.

Não estou dizendo que foi o que aconteceu, mas que é essa a minha impressão. E sim, conhecemos o ditado: tempos de crise também são tempos de oportunidades.


sábado, 20 de março de 2021

Ciro: Nós todos estamos tratando de destruir o Bolsonaro


23h59 - com o advento da reeleição, a oposição precisa cair matando em quem vence as eleições para evitar que ele acerte a mão e governe por 8 anos.

00h00 - nós todos estamos tratando de destruir Bolsonaro senão ele fica aí 8 anos e acaba de liquidar o país.

Percebeu aí? Traduzindo: "estamos tentando destruir o país para evitar que Bolsonaro acerte a mão e governe por 8 anos". Como podemos ver, o antagonismo esquerdista não ocorre pelo bem da nação ou em favor dos mais pobres, mas pela manutenção de uma hegemonia política/ideológica que continue a ditar as regras do jogo.

A alegação de que a culpa dessa postura destrutiva seria o instituto da reeleição é pura balela; a alternância do poder é tudo o que a esquerda mais odeia. Com Temer, melaram a reforma trabalhista e usaram a greve dos caminhoneiros para sabotar a economia e impedir as pretensões de reeleição do vampirão. Com Bolsonaro, tentaram desidratar a reforma da previdência e usaram a figura de Rodrigo Maia para instituir uma espécie de parlamentarismo branco que isolasse o presidente e impedisse o andamento de sua agenda política. Sem falar das sabotagens jurídicas.

A impressão que temos é que no céu desse país, somente uma estrela pode brilhar, e ela é vermelha.


sexta-feira, 19 de março de 2021

Academias: proibir ou liberar?

"Rpz, academia realmente é bom p saúde e tal, mas a quantidade de alunos que colocam p dentro nesse período de restrição é um absurdo... Um ambiente q é fechado, pessoas suando, esbaforando... Do jeito q vejo, é melhor fechar mesmo", disse um colega de grupo, cliente da Smartfit. Entendo o lado dele. É muito desagradável treinar num ambiente lotado, mas a realidade da academia que ele frequenta parece ser bem diferente das demais que não viraram modinha. Ao contrário dessa franquia, algumas até fecharam por falta de clientes. Na Biofit, por exemplo, é tranquilo. Pouca gente, janelões abertos — lá eles usam climatizadores, não ar condicionado — máquinas quase sempre disponíveis e muito espaço para treinar. Não sei nos outros horários, mas das 10h ao meio-dia, é essa a realidade, ou seja, as pessoas treinam sem medo. Dá até pra peidar de boas que ninguém sente. 😅



quinta-feira, 18 de março de 2021

O que é isso, companheiro?

Fátima vem falando há semanas em incluir os professores entre os prioritários para receber a vacina, mas enquanto isso, o Sinte-RN está em campanha para barrar um projeto de lei que tenta incluir os serviços educacionais entre as atividades essenciais. Ora, por que dar prioridade aos professores se, de acordo com o próprio sindicato, estes profissionais não desempenham uma atividade essencial? Pense num tiro no pé!




quarta-feira, 17 de março de 2021

Último dia de aula presencial na EEPJA

17 de março de 2020, último dia de aula presencial na #EEPJA. Na época, quase todos os professores da escola estavam em greve; apenas eu e uma professora de Geografia revezávamos no Fundamental II trabalhando com duas turmas por dia. A foto é apenas para lembrar que hoje está fazendo 1 ano do Decreto Nº 29524 que suspendeu as aulas pelo prazo inicial de 15 dias (que viraram 1 mês, que virou 1 ano e que não tem mais data para terminar). E por coincidência, foi também hoje que a governadora anunciou um novo decreto proibindo de vez o funcionamento das atividades, serviços e comércios ditos 'não essenciais' pelo período de 14 dias. Sim, meus amigos, está acontecendo tudo de novo.



Segunda onda: compra tardia de vacinas e ausência de lockdown nacional

Na busca por culpados pelo súbito aumento no número de casos da Covid-19, é comum as pessoas apontarem dois fatores: a demora na compra das vacinas e a falta de uma política nacional de lockdown. Com relação às vacinas, precisamos considerar que houve um atraso de três semanas em relação à União Europeia, mas as primeiras doses começaram a ser aplicadas apenas cinco dias após a divulgação dos dados de eficácia da Coronavac. Além disso, o Brasil está à frente de muitos países que iniciaram antes, e até de alguns que produzem a vacina. A Índia, por exemplo, produz 60% das vacinas distribuídas no mundo, mas aplicou até agora cerca de 35 milhões de doses, o que é pouco mais de 2% da sua população; a Rússia, que também produz vacinas, aplicou menos de 8 milhões de doses, o que, em termos percentuais, equivale a 3,8% da população. Enquanto isso, no Brasil, quase 12 milhões de doses já foram aplicadas, ou 4,2% da população. Os dados são facilmente encontrados no site https://ourworldindata.org/covid-vaccinations. Quanto ao lockdown, de tanto não funcionar, o termo está até deixando de ser usado oficialmente — afinal, a própria OMS desaconselha — e não é à toa que, por aqui, estados e municípios têm optado pelo inconstitucional ‘toque de recolher’ para adotá-lo aos poucos. Mas quem reclama da falta de uma política nacional de confinamento da população e fechamento de comércios, deveria ver o exemplo da Alemanha, que apesar da pompa de estadista que tem a Angela Merkel, enfrenta uma série de problemas na condução da pandemia — tanto que o partido da primeira-ministra sofreu uma derrota histórica nas eleições regionais ocorridas nesta semana. Se você duvida, basta dar uma pesquisada; as notícias que nos chegam de lá mostram que a política nacional de trancamento não impediu o aumento do número de casos. Ou seja, é fácil apontar o dedo para indicar supostos culpados, mas vacinas não surgem do nada num piscar de olhos nem o vírus irá embora se você se esconder dentro de casa; a questão é complexa e cabe a cada um tentar cuidar de si mesmo e daqueles sob seus cuidados.




segunda-feira, 15 de março de 2021

Cristofascismo? Era só o que faltava


O texto acima já tem alguns meses, mas foi postado recentemente em um grupo de WhatsApp que participo. Deixando de lado os absurdos usados na matéria, como a alegação de que o cristianismo legitimou a escravidão, vamos aos pontos que eu rebati.

1º. Guardadas as devidas proporções, usar as igrejas neopentecostais para atacar os evangélicos é como usar os hooligans para atacar os fãs de futebol. As igrejas tradicionais e pentecostais rejeitam os líderes neopentecostais e os consideram falsos mestres divulgadores de heresias.

2º. Não é à toa que existam ligações entre alguns desses líderes charlatães, políticos e traficantes; muitos são psicopatas que encontraram nas seitas protestantes um ambiente ideal para manipulação, enriquecimento e poder.

3º. Sobre a alegação de que a intenção do tal cristofascismo é "inserir o indivíduo no mercado de trabalho de forma submissa, sem consciência de classe para que possa lutar por seus direitos, e temente a Deus", temos algumas considerações:

1. Ninguém é obrigado a ter sua mente lavada por essa tal consciência de classe para se revoltar contra os patrões e lutar por uma revolução que o colocará sob o controle do Estado ou de empresas protegidas pelo governo.

2. Esse mesmo conformismo e obediência ao sistema é visto em escala infinitamente maior em países que adotaram o comunismo como meta, como na China, onde o cidadão trabalha até a morte de maneira mansa e servil às ordens do PCC, representante do deus Estado.


domingo, 14 de março de 2021

Amanheci com o pé na cova

Tudo começou com um sonho ruim. Sonhei que estava deitado numa almofada grande e precisava me levantar para ir pra escola; minha mãe me dizia a hora, avisava que eu iria me atrasar, mas a preguiça me dominava; por fim, pergunto se meu irmão já tinha desocupado o banheiro e começo a me arrumar. Naquele remancho, o telefone toca: TRIIIIMMM! “É pra você”, me diz a minha irmã. Enquanto caminho para atender, penso em voz alta: "Tomara que seja alguém avisando que não vai ter aula". Mas que nada, era a mãe de um aluno me pedindo para saber a nota do filho dela. O telefone era antigo, daqueles de disco, estava numa cabeceira ao lado de uma cama de casal, perto de uma área de sol. Em pé, apoiando o fone com o ombro, pego meu celular e começo a procurar as notas do boy. "Só um minuto". Depois de algum tempo, encontro a nota; copio, colo num aplicativo, mas nada de aparecer o resultado. O minuto havia se passado. Tento novamente, e nada. Daí repito tudo de novo, agora narrando o que ia fazendo para que ela ouvisse que eu estava tentando, e enquanto eu pelejava, pensava: "Meu Deus, vou acabar os créditos da mulher". Mas nada. A cena se repetia; havia entrado em looping. Depois de muita agonia, disse que a planilha estava bugada e não tinha como informar a nota. Foi aí que eu acordei. Ainda estava escuro, mas eu estava completamente desperto. O sonho ainda me atormentava: "Por que eu não fui direto para o computador? Por que eu não pedi para ela me ligar depois?". Não sei. Minha boca estava seca e então percebi que continuava na mesma posição em que dormia, com o cotovelo pra cima e as costas da mão pressionando o olho direito. Comecei a ficar preocupado. Acordar no meio da noite não é um bom sinal para mim; geralmente é dor de barriga. "Deve ser xixi", mas não estava sentindo a bexiga cheia; mesmo assim levantei e fui urinar. Bem menos do que o de costume. "É, não foi por causa disso que eu acordei". Decidi olhar a hora: 5h05. "Devo ter ido dormir cedo ontem", mas não conseguia lembrar a hora em que havia me deitado. Cheguei à conclusão de que fora depois da meia-noite. “Tem alguma coisa errada”. Ajoelhei e orei; lembrei que nesse horário a fila é menor. Deitei novamente, mas era impossível dormir. Comecei a sentir fome; hora de cuidar. Acendi a luz da cozinha, tomei minha água com limão e botei o cuscuz pra hidratar. Senti a primeira pontada. “Dor de barriga, não falei?”, mas nada; só trovão. Fiz o cuscuz, fervi o leite, juntei tudo na tigela, e enquanto o cuscuz inchava, botei um vídeo sobre política. Comi tudo, mas não aguentei assistir ao vídeo todo; estava impaciente. Definitivamente, tinha algo errado comigo. De repente, comecei a suar; tirei a camisa. Pouco tempo depois, comecei a sentir frio; coloquei de volta a camisa. Daqui a pouco eu estava sentindo frio e calor ao mesmo tempo. A inquietação aumentava. Andava de um lado para o outro sem saber o que fazer e sem conseguir raciocinar direito. “Acho que vou desmaiar”. Me deitei, mas não conseguia ficar deitado. Bateu a segunda pontada; e agora sim, a caganeira estava garantida. Depois dessa, fui mais três ou quatro vezes. Decidi tomar um ‘veda-rosca’: água, goma e limão. Deu certo. “Se pelo menos eu tivesse um Rivotril”, mas não tinha nenhum. Pensei em pedir emprestado; mandei um zap: “Tô me sentindo muito estranho, você tem Rivotril aí?”. Mas nada de resposta. Pensei em comprar uma Ivermectina; sabia que não tinha nada a ver, mas poderia ter algum efeito psicológico; na minha cabeça, aquilo era uma crise de ansiedade. Comecei a me arrumar, mas cadê coragem pra ir à farmácia? O telefone tocou; era a minha mãe: “Venha aqui pra tomar um cafezinho com bolo”. Mas eu já havia tomado café. “Vou não”. A gastura continuava. “Meu Deus, eu vou morrer. Adeus, Fumaça!”. Botei na cabeça que precisava cuidar de umas coisas. Esvaziei todas as lixeiras, me livrei de uns flagrantes, juntei três sacolas de lixo e desci lentamente pelas escadas. “E agora, quem é que vai cuidar do gato?”. Na volta, o interfone tocou; era o porteiro avisando que tinha um pedaço de bolo pra mim na portaria. Estava tudo fora do comum naquela manhã. Desci novamente pelas escadas, peguei o bolo, fiz um café e comi pensando que aquela poderia ser a minha última refeição. Levantei, escovei os dentes, e súbito, passei a me sentir melhor. Finalmente, chega a resposta do zap: “Tenho não. O que houve?” Passei a relatar os sintomas, cada um numa mensagem: “Tô melhorzinho agora, mas tive foi ruim. Uma sensação estranha. Ora com calor, ora com frio. Impaciente. Sensação de iminência de desmaio. E caganeira. Caganeira é uma palavra engraçada”. Em menos de 1 minuto veio o diagnóstico: “Homi, isso é pressão baixa”. Será? Como eu não pensei nisso antes? Fui pesquisar no Doctor Google e não deu outra; os sintomas batiam certinho. “Meu Deus, eu vou viver”. Agora tudo se encaixava; a caminhada pelas escadas e o bolo haviam feito a pressão voltar ao normal, por isso eu tinha sentido a melhora. Hehe, não vai ser hoje. “Cancela o testamento”.

 

sexta-feira, 12 de março de 2021

Doce Lar


Não sei se vocês sabem, mas eu tenho uma queda por essas lojas de utilidades domésticas. Soube que abriu uma grande, no Alto de São Manoel, ali onde funcionou a Oeste Veículos, e fui bater lá para conferir. A loja é realmente bastante ampla, há uma boa variedade de produtos e uma grande diversidade de artigos; o ambiente conta com climatizadores e tem uma seleção musical bem agradável; os corredores são espaçosos e tudo parece muito organizado, mas a julgar pela quantidade de pessoas na loja, parece que ainda não emplacou. Assim, se você está procurando fugir das aglomerações e não liga muito para a questão dos preços, esse é o lugar. Com relação à qualidade dos produtos, eu diria que são equivalentes aos da Le Biscuit, e apesar da diversidade, há poucas opções em artigos de louça, como tigelas, pratos, xícaras, canecas... exatamente aquilo que eu estava procurando. Resultado, acabei voltando sem comprar nada, mas pelo menos valeu o passeio.


quinta-feira, 11 de março de 2021

A justiça e o timing político do PT

Tem uma coisa que eu não consigo entender sobre essa anulação dos processos de Lula. As mensagens hackeadas estão há mais de um ano em poder dos ministros do STF; a ideia de votar a suspeição de Moro é tão antiga quanto o vazamento das mensagens; as decisões contra ou a favor de Lula sempre tramitam à velocidade da luz nos tribunais brasileiros; então, se é verdade que a anulação das condenações do ex-presidente é um ato de justiça, por que ela demorou tanto? Por que a declararam de incompetência da República de Curitiba para julgar os processos contra Lula não saiu antes das eleições de 2020?

Vamos lá, nas últimas eleições municipais, o PT ficou sem nenhuma capital — algo inédito na história do partido — além disso, encolheu significativamente quanto ao número de prefeituras. Então por que não soltaram o Kraken antes?

Na minha opinião, para que não houvesse uma interpretação negativa do julgamento popular. Afinal, uma coisa é votar no poderoso chefão, outra coisa é votar nos seus indicados. Basta lembrar que o próprio Bolsonaro esquivou-se de se envolver na campanha de 2020 justamente para evitar esse tipo de julgamento — mesmo estando com a popularidade em alta graças ao Auxílio Emergencial — apesar de que, de qualquer forma, isso não impediu de alguns especialistas apontarem a derrota do bolsonarismo no pleito municipal.

Quanto à queda do PT, ela foi expressiva, mas não foi desastrosa; uma coisa é o partido sair perdendo numa eleição em que Lula não está na linha de frente, outra coisa é sair perdendo com o 9 em campo; isso seria um desastre para as narrativas e poderia inclusive comprometer as pretensões do molusco para 2022. Ou seja, ao que parece, a Justiça não só está sendo feita, como está agindo de acordo com o momento político mais adequado. E eu achando que não estava entendendo.



quarta-feira, 10 de março de 2021

De volta ao Dotz

Antes de fechar a compra da Webcam, pelo Submarino, lembrei de acessar a loja através do link do site Dotz. A intenção, claro, era ganhar alguns pontinhos por lá para tentar diminuir um pouco o peso no bolso. Atualmente, cada R$ 1 no Submarino rendem 2 Dz, mas parei de ligar pra isso há algum tempo. Resultado, descobri que estava com mais de 4 mil pontos de saldo, mas que já fazia uns 9 meses que não entrava nada na conta; como eu disse, parei de dar bola para os Dotz. Enfim, aproveitei para dar uma fuçada no site e vi que agora eles estão com um aplicativo para Android e iOS. Instalei pra ver como é; trata-se de uma carteira digital onde dá para fazer trocas, pagamentos, transferências, etc., e também dá para converter os pontos em dinheiro. Converti 2500 Dotz em R$ 25 e troquei 1500 Dotz por um voucher de R$ 20 do iFood + R$ 5 de bônus. O voucher eu ainda não recebi, mas o dinheiro já está na conta. Resta agora descobrir como utilizá-lo sem precisar pagar a taxa de R$ 4,50 que eles cobram para transferir o dinheiro para a conta bancária.



Não dá mais


Como vocês podem ver, fiquei parecendo um morto-vivo na aula de sexta-feira passada. Insisti o quanto pude com a webcam do meu notebook, mas não dá mais; parece que a imagem desse bascui está ficando cada vez pior. Já tentei alguns ajustes, mas é besteira. Daí hoje, finalmente, apareceu uma oportunidade razoavelmente decente e embarquei; cartonei uma Logitech C920s por R$ 386 e R$ 3,86 de cashback (1%). Resta agora saber se o investimento valerá a pena ou se ela abaixou de preço justamente porque estamos chegando ao fim das aulas à distância. Aliás, se isso se confirmar, é capaz dela voltar ao preço que tinha antes da pandemia, quando podia ser encontrada por menos de 300 bonoros. Aí é da vez que eu morro. 😅

terça-feira, 9 de março de 2021

Tratamento precoce

Ao sentir os sintomas:

- não procure tratamento precoce (isso não existe).

- não tome medicação sem comprovação científica (isso é perigoso).

- mantenha-se em isolamento e busque atendimento somente quando (e se) sentir falta de ar.

Agora pegue sua ficha e aguarde a sua vez. "Mas e a vacina?" Vacina é tratamento profilático, não precoce. Próximo!

Sistema de Ciclos de Aprendizagem


Na última sexta-feira, a 12ª Direc realizou uma reunião online (LIVE) para informar acerca da Proposta de Ciclos de Aprendizagem 2020/2021. Diante do que foi proposto, fiz as seguintes anotações, de acordo com o meu entendimento.

Sistema de Ciclos de Aprendizagem
2020 - 1ª ETAPA / 2021 - 2ª ETAPA
  • Não haverá reprovação na 1ª etapa. A escola não tem autonomia para reter o aluno na série em que ele se matriculou em 2020.
  • Não haverá processo somatório, exame final ou recuperação ao término desta 1ª etapa do ciclo, somente na conclusão da 2ª etapa.
  • Para ser promovido, o aluno deverá dominar os Objetos de Conhecimento referentes a todo o ciclo, mas não deverá ser retido caso demonstre condições de continuar seu aprendizado na série seguinte.
  • Se chegar ao final de 2021 e o aluno não tiver as competências necessárias para ser promovido, ele ficará na série correspondente à 2ª etapa do ciclo, mas somente após todos os procedimentos de reinserção e recuperação. Veja os exemplos:
    1ª etapa 2ª etapa 2022 6º ANO 7º ANO   8º ANO
    7º ANO 8º ANO 9º ANO
    8º ANO 9º ANO 1ª SÉRIE 
  • Alunos com participação parcial na 1ª etapa deverão fazer o Plano de Recuperação; alunos que desapareceram nesta etapa, farão o Plano de Reinserção com os Objetos de Conhecimento referentes à 1ª etapa e o Plano de Recuperação para adquirirem as competências necessárias para a 2ª etapa.
  • Independente de nota ou frequência na 1ª etapa, todos os estudantes serão automaticamente matriculados na 2ª etapa do ciclo. Assim, para repetir a série de 2020, ou seja, para voltar para a 1ª etapa, será necessário um documento assinado pelos pais dando respaldo para a escola.
  • Recomenda-se que o professor acompanhe a turma na série seguinte ao ciclo.
  • Ao final do ciclo 2020/2021 haverá uma avaliação institucional do processo para analisar a necessidade de permanência ou não do modelo de ciclo.
  • Alunos das terminalidades poderão fazer avaliações e exames finais em março de 2021.
  • Demais orientações serão repassadas no decorrer do ano letivo.


segunda-feira, 8 de março de 2021

Pague para não ver

Eis aí o porquê de tantos anúncios nos aplicativos e jogos "gratuitos". Trata-se da mesma estratégia usada pelo Google nos vídeos do YouTube: torrar sua paciência com uma enxurrada de anúncios para você se irritar e pagar para não vê-los. E sabe o que é pior? Esse modelo de negócio está só começando. Com o avanço do 5G e da internet das coisas, vai pular anúncio até na porta da sua geladeira. Exagero? Pois pode anotar; em breve estaremos trabalhando basicamente para termos acesso aos itens essenciais, como água, comida e abrigo, e para não vermos anúncios.



sábado, 6 de março de 2021

O silêncio das rãs

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Por todo o Brasil, a última semana de fevereiro e a primeira semana de março foram marcadas por uma série de decretos governamentais que, cada vez mais rígidos, têm provocado apreensão e dividido opiniões. No Rio Grande do Norte, não sei se vocês repararam, mas a governadora não decretou as novas medidas restritivas sem antes anunciar a abertura de novos leitos pelo estado. "Durante os próximos 15 dias estão previstos mais 29 novos leitos Covid19 em Mossoró: sendo 10 leitos UTI no HSL, 16 leitos clínicos no HRF e mais 1 leito UTI e 2 semicríticos no HRTM", informou a propaganda governamental um dia antes da publicação do decreto 30.388 de 05 de março de 2021.

Tá, mas e daí? Como a ampliação do toque de recolher e a restrição às atividades sociais e econômicas — ditas não essenciais — não surtirão o efeito (supostamente) esperado, o número de casos da doença continuará a crescer, e, encerrados os doze dias de sua vigência, aquilo que deveria ser o fim das medidas mais restritivas acabará por se transformar em um novo decreto com medidas ainda mais restritivas. Para tanto, a alegação do governo será a de que, mesmo com a ampliação da capacidade de atendimento, o sistema voltou a colapsar. Basta lembrar que o vice-governador afirmou nesta semana que abrir leitos no estado é o mesmo “enxugar gelo”.

Mas o que nos leva a apostar no recrudescimento das regras, além da pouca eficácia do toque de recolher, é o fato de que, diferente do que aconteceu em 2020, quando prefeitos e governadores fecharam tudo de forma brusca e saíram prendendo gente sentada em banco de praça ou caminhando no calçadão, a estratégia para 2021 tem sido a de impor as restrições aos poucos e valer-se do pânico provocado pelo colapso na saúde para ganhar adesão da população às regras impostas, mesmo elas sendo cada vez mais duras.

No Ceará, estado que parece estar servido de inspiração para Fátima, a limitação de circulação de pessoas, que antes era a partir das 22 horas, passou a ser às 20h nos dias de semana e 19h aos sábados e domingos, e agora entrou em período integral com o lockdown rígido de 05 a 18 de março. No RS, que também recebeu restrição de horários na semana anterior, o governador Eduardo Leite usou o dia 05 de março para proibir a venda de produtos não essenciais nos supermercados e vetou a divulgação de promoções "que possam causar aglomeração".

E o que queremos dizer com isso? Que as medidas adotadas nos estados citados acima são prenúncios do que em breve deverá acontecer no RN. Hoje, 06 de março, já recebemos notícias de lotações em bares, lanchonetes, restaurantes, shopping e também nos supermercados. E por que? Ora, o decreto foi publicado ontem, quinto dia útil do mês; e com um dia a menos para sair e menos tempo para aproveitar, estava na cara que a ampliação das restrições de circulação acabaria por provocar mais aglomerações, e não menos.

Enfim, o toque de recolher decretado por Fátima no dia 26 de fevereiro — que pode muito bem ser interpretado como um abuso inconstitucional — foi considerado por muitos como brando demais, incipiente ou pouco efetivo; afinal, o movimento nas ruas após as 22h já é baixíssimo num estado violento como o RN. Ou seja, a impressão que temos é que para os apoiadores da petista, o importante não é exatamente o impacto de suas medidas sobre o vírus, mas o quanto elas podem impactar nas vidas das pessoas e sobre os seus negócios. No entanto, após esse decreto do dia 05, há quem diga que houve um avanço, e a exemplo do que ocorreu nos estados do CE e RS, já consideram a sua ampliação.

A estratégia, como eu disse, é ir cozinhando as rãs aos poucos, em fogo brando; assim elas não se assustam e até gostam. Por falar nisso, aproveite para pedir o seu delivery e relaxar enquanto a água está morninha. 🛀



sexta-feira, 5 de março de 2021

A quebradeira do bem

Imagem Creative Commons

Vamos lá, qual a consequência inevitável das medidas de restrição ao comércio e aos serviços e atividades ditas não essenciais? Quebra da economia. E o que temos numa economia quebrada? Aumento dos preços, do desemprego, da depressão, da violência, da miséria, etc. A lista de desgraças é grande. Mas tudo isso, diante de uma pandemia, seria visto com certa naturalidade se, apesar das consequências, as medidas de fechamento fossem as únicas ou a mais efetivas alternativas para o salvamento de vidas.

Contudo, no momento em que aqueles que mais defendem essas medidas de sacrifício econômico passam a apontar para o governo acusando-o de provocar desemprego, inflação e miséria, fica evidente que a intenção do lema “economia a gente vê depois” não é exatamente colocar a vida das pessoas em primeiro lugar, mas apostar no quanto pior melhor para a derrocada do governo.


Aliás, para esse pessoal cujos fins justificam os meios, a vida das pessoas é o que menos importa. Caso contrário, se houvesse o mínimo de compreensão e espírito de coletividade por parte da oposição, dentre outras coisas, haveria um consenso acerca das consequências financeiras provocadas pelas medidas de combate à pandemia; não se falaria em recessão, pelo menos não nesse momento, e não se apontaria um culpado pelo desastre econômico inevitável, que como se vê, não é provocado somente pelo vírus ou por aquele que teoricamente está no comando da nação, mas também por um conjunto de gestores e burocratas empenhados em receber cada vez mais verbas públicas para torrar sem precisar dar satisfação.

E afinal, por que fingir desentendimento, quando o mote é tão simples? “A gente fecha o ambiente, você banca a despesa, e aquilo que quebrar, já sabe, a culpa é sua. Como? Você não aceita?" Risos. "Quem disse que te demos opção?" Mais risos. "Mas fica triste não; lembre-se: é para salvar vidas”.


quinta-feira, 4 de março de 2021

Cozinhando as rãs

Diferente de 2020, quando fecharam tudo de forma brusca e saíram prendendo gente sentada em banco de praça ou caminhando no calçadão, a estratégia dos prefeitos e governadores para 2021 é ir impondo aos poucos (cozinhando as rãs) e usar o pânico para ganhar adesão da população. No Ceará, a limitação de circulação de pessoas, que antes era a partir das 22 horas, passou a ser às 20h nos dias de semana e 19h aos sábados e domingos, agora já está anunciado um lockdown rígido de 14 dias a partir desta sexta-feira (05). Seguindo na esteira de Camilo Santana, é muito provável que Fátima siga o exemplo do colega petista e adote as mesmas (ou piores) medidas restritivas para o RN. Lembrando que em 2020, quando tudo começou, a proposta inicial também era de apenas duas semanas.



Não sei o que acontecerá em 2023, mas quero viver para descobrir

Olhando o cenário atual e as perspectivas para o futuro, tenho a impressão de que não chegarei a 2030. Aliás, se você se lembra do Voto Camarão, tomou banho de rio na enchente de 85 ou pulou nas passeatas de Laire Rosado, atrás do Trio Marajós, ao som da Galega do Axé, é quase certo que também não chegará a vislumbrar o admirável mundo novo que promete surgir ao final desta década de terror. Mas não direi que não ligo. Quero pelo menos chegar a 2024, pois não suporto a ideia de morrer sem saber o que danado vai acontecer em 2023. 😅

terça-feira, 2 de março de 2021

CORDEL - CORONGA 2, A MUTAÇÃO

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PRÓLOGO

Quando o mundo imaginou
Se ver livre afinal,
O monstro se transformou,
Evoluiu mais um grau.
Ele ataca outra vez.
Apresento a vocês
A evolução do mal.

CORONGA 2, A MUTAÇÃO

Nos deram um vírus manso, 
Chamaram de gripezinha, 
O bicho se enfezou, 
Botou pra fora as asinhas
E tá feito o Satanás 
Pegando em moça e rapaz,
Chapeuzinho e vovozinha.

O monstro se enfureceu
E está de volta na praça. 
Pegando crente e ateu,
Matando e achando graça. 
Ficou mais forte e valente;
Botou uma faca nos dentes
Danou-se a fazer desgraça.

O vírus, que era franzino,
Ganhou chifre e esporão,
Concentrou o seu veneno,
Amolou o seu ferrão.
Ele agora é a Variante,
A cepa do meliante,
É a cipoada do cão.

Quando não mata, ele aleija.
E ataca na trairagem.
Tem histórico de atleta?
Isso pra ele é bobagem.
É só você descuidar
Que ele pega até no ar
Não adianta ter coragem.

Por isso, tome cuidado,
Evite aglomeração,
Use máscara, passe o álcool,
Lave sempre as suas mãos.
Pode até não botar fé,
Mas ele só quer um pé
Pra lhe levar pro caixão.




segunda-feira, 1 de março de 2021

Toque de recolher: ação das forças de segurança divide opiniões em grupo de WhatsApp

Após a governadora do RN decretar o toque de recolher, medida considerada por muitos juristas como inconstitucional, o assunto viralizou nas redes sociais e foi o tema central dos debates durante o último fim de semana.

No Copinho ANVISA, grupo de WhatsApp formado por especialistas de diversas áreas, do eixo científico-educacional ao setor jurídico-midiático, passando pelo entretenimento adulto e gastronômico, alguns participantes classificaram como exagerada a ação policial que percorreu a cidade na noite de ontem em cumprimento ao decreto da governadora Fátima Bezerra (PT), que restringe a circulação de pessoas no horário das 22h às 5h. "Tem pra que fazer um show desse pra fechar um estabelecimento? Tá mais pra um desfile", comentou um participante; "Mossoró é pequeno, poucos bares funcionam de madrugada, com duas viatura rodando, em 40 minutos fechava tudo", sugeriu outro; e teve até quem fizesse menção ao clássico "um cabo, um soldado e um jipe".

Mas também houve quem discordasse, ou seja, que apoiasse o comboio da repressão estatal; um deles, ligado a um grande veículo de comunicação, alegou que, se o efetivo for pequeno, ao tentar fechar um bar, os PM's "saem de lá apanhando". Ora, pelo que sei, se isso acontecesse, seria a primeira vez. A verdade é que toda essa pirotecnia do tal Pacto Pela Vida nada tem a ver com a segurança dos cidadãos ou dos policiais, mas com marketing pessoal da governadora; tanto é que a mulher não se cansa de exibir esses vídeos no seu Twitter para mostrar que tem comando.

Agora, após assistir à demonstração de força, a pergunta que muita gente tem feito nesses últimos dias é a mesma do jornalista Gustavo Negreiros: por que esse aparato de segurança não é usado todos os dias no combate à criminalidade?