sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

Ânimo e Esperança


Muitas vezes as tribulações, os conflitos e as lutas diárias que enfrentamos podem nos deixar abatidos e desanimados. Todos nós estamos sujeitos a isso. Afrontados pelo gigante Golias, os homens do exército de Israel estavam desestimulados, assustados e com medo, mas Davi chegou a eles com fé e coragem, transmitindo-lhes ânimo e esperança: "Vocês estão com medo? Pois eu mostrarei a esse filisteu que há Deus em Israel.” A vitória de Davi sobre Golias nos dá uma excelente lição; mostra-nos que precisamos manter o ânimo e não nos deixar abater ante os desafios que surgem, por mais que pareçam gigantes.

Uma dica para vencer o desânimo é procurar cercar-se de pessoas animadas, de gente que não murmura e não vive se queixando. Quando nos cercamos de pessoas alegres, prontas para fazer e dispostas a cooperar, somos envolvidos por uma aura de ânimo que nos contagia e nos impulsiona. Muitas tarefas que nos são apresentadas dependem menos da ajuda de Deus do que do nosso próprio estado de animação. "Não te mandei eu? Então esforça-te e tem bom ânimo". Deus não chama gente desanimada; Ele nos anima e nos chama. Na caverna, Elias foi visitado pelo Espírito de Deus que o inquiriu: "O que você está fazendo aqui?". Podemos às vezes nos encontrar esmorecidos, desanimados, sem querer falar com ninguém, dando-se por vencido e buscando abrigo numa caverna, mas o Senhor quer nos encorajar, nos fortalecer e nos dar ânimo. A caverna não é o nosso lugar: foi para andar na luz que fomos chamados, não na escuridão.

A caverna pode ser um vazio espiritual provocado pela falta de oração e comunhão, uma espécie de depressão espiritual. Fuja dela. Procure se cercar de pessoas alegres e dispostas, e não se furte de alcançar aqueles que estão precisando de ânimo — “Encorajem-se uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama ‘hoje’”.

Baseado na mensagem do pastor Antônio Tadeu, quarta-feira, 29 de janeiro de 2020, na Igreja Batista Fundamentalista. Algumas referências bíblicas: 1Sm 17, 1Re 19:9,15, Js 1:9, Hb 3:13, Is 40:28-31

quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

Desistência x Perseverança


Por mais proativa e determinada que seja uma pessoa, é muito provável que ela já tenha se deparado com situações que a fizeram desistir de projetos que dantes pretendia realizar com tanta vontade. Na vida cristã, servir a Deus quando tudo está bem e as condições são favoráveis, pode até ser considerado fácil, mas sabemos que determinadas circunstâncias podem nos fazer pensar em desistir — e não raro desistimos. Diante dos infortúnios, e a menos que você tenha a firmeza de Jó, é claro que estaremos sujeitos a esmorecer na fé, perder o ânimo de ir à igreja, se esquivar da obra do Senhor, e por aí vai, em maior ou menor grau.

Contudo, estamos numa carreira na qual os vencedores são aqueles que perseveraram até o final, de acordo com as regras que lhes são impostas. Por outro lado, nossa vida não é como uma estrada reta que sobe continuamente; assemelha-se mais a uma linha curva que, entre altos e baixos, procuramos mantê-la ascendente. O “segredo” está em conseguir enxergar em cada descida uma oportunidade para impulsionar a próxima subida. As provações podem muitas vezes nos abater, mas jamais nos destruir, e se a fé é genuína, as provas servirão para produzir em nós o dom da perseverança.

Ora, ser perseverante é ser constante; é manter-se firme e não desistir, mas convenhamos: nem toda desistência é ruim. Desistir de projetos vazios que nos remetem tão somente à eterna insatisfação humana, renunciar o governo do ego ou abrir mão das coisas do mundo, por exemplo, são atitudes ligadas ao processo de conversão e são de extrema valia. Mas se falta-nos a perseverança naquilo que é essencial em nossas vidas, como na oração, na Palavra, na doutrina, no exercício da piedade, etc., ou seja, quando torna-se comum desistirmos daquilo que é importante, talvez seja porque falte em nós, antes de tudo, a consciência de que devemos padecer para podermos nos fortificar, ou como diria meu avô, “precisa apanhar pra criar marra”.

As provas nos colocam em situações difíceis, mas muitas das aflições que experimentamos são apenas consequências das atitudes e escolhas erradas que fazemos. Então, “que nenhum de vós padeça pelo pecado, mas pelas provas que vos são impostas".

Baseado no sermão do pastor Antônio Tadeu: O Desafio da Perseverança (19/01/2020). Referências bíblicas: Hb 12:1, 2Tm 2:3-5, Fp 3:13-14,  Rm 5:3-5, 1Pe 4:14-16

Resultado Sisu 2020

Resultado Sisu 2020

Saiu o resultado do Sisu 2020, e diferente do que vinha fazendo nos últimos anos, dessa vez, preenchi apenas a primeira opção. Falo assim porque, em 2019, usando uma cota destinada àqueles que cursaram o Ensino Médio na escola pública, obtive nota suficiente para entrar em Direito (UERN), mas no último dia do Sisu, durante uma viagem a Salvador, inverti as opções e coloquei Rádio, TV e Internet na 1ª e Direito na 2ª; aprovado para o curso de RTVI (sem uso de cota), acabei desanimando e não fiz sequer o cadastro institucional, que é quando o aprovado manifesta sua intenção de ingressar no curso. Ou seja, acabei me arrependendo da mudança — feita de forma impulsiva, acessando o sistema pelo celular, de dentro de um ônibus, no meio da estrada.

Como podem ver, acabei me inscrevendo no curso que recusei no ano anterior e no qual havia passado em 1º lugar na ampla concorrência. Enfim, a ironia da vida.



terça-feira, 28 de janeiro de 2020

O propósito da vida é servir


Não sei se você sabe, mas a essência da nossa existência está no propósito de glorificar a Deus. Devemos louvar e adorar o nome do Senhor dando-Lhe a primazia de tudo que fazemos — em espírito e em verdade — servindo a Deus com alegria, firmeza e dedicação; não assistindo, mas prestando culto ao Senhor.

Ser crente não é adquirir um ingresso para deleitar-se em um espetáculo, é alistar-se para servir em uma missão. A caminhada é árdua e a tarefa não é fácil, por isso é que precisamos aprender o caminho da perseverança, pois críticas virão de todos os lados; conflitos, desentendimentos, contrariedades e muitas outras situações surgirão justamente com o objetivo de nos fazer desistir. Contudo, somos exortados a permanecermos firmes e constantes na obra do Senhor, e para tanto, é vital, urgente, indispensável desenvolver em nós um coração de servo. Isso significa que devemos buscar forças em Deus, nos dispor para servir e considerar os outros superiores a nós mesmos. A chave para perseverar nesse propósito está na humildade.

A falta de firmeza nos impede de alcançar metas e nos incapacita de seguir pelo caminho estreito, mas às vezes, tudo que precisamos é insistir um pouco mais e suportar as adversidades para assim endurecermos o pescoço; ou você acha que logo após se alistar o soldado já está pronto para a batalha?

Isaías 43:7, 1 Coríntios 10:31, João 4:23,24, 1 Coríntios 15:58, 2 Timóteo 2:3-5, Romanos 5:3-5, Mateus 23:11‭-‬12, Filipenses 2:3,4, Mateus 7:13,14

Ministério aos Homens - 1ª reunião do ano


Ontem, na IBF, tivemos a primeira reunião do Ministério aos Homens, ano 2020. Sob a liderança do irmão Márcio Nascimento, os encontros acontecem regularmente na última terça-feira do mês, mas podem ocorrer na segunda, caso haja conflito com programações agendadas.

Logo no início, o líder apresentou as metas gerais (da igreja) e específicas (do ministério), destacando a idealização do 1º Congresso de Homens, programado para a segunda quinzena do mês de agosto. Entre os temas abordados, o pastor Tadeu chamou a atenção para um problema exposto por Jesus ao contemplar as multidões aflitas que o procuravam: a pouca quantidade de trabalhadores na seara do Senhor. Devemos, pois, rogar a Deus que mande trabalhadores, pois a seara é verdadeiramente grande e poucos são os ceifeiros. Na sequência, Márcio disponibilizou uma reflexão sobre o papel do homem-sacerdote, a qual foi lida pelo irmão Miranda. Baseado no exemplo de Josué, "eu e minha casa serviremos ao Senhor", o texto nos mostra que todo homem cristão é chamado para ser um sacerdote, mesmo aquele que não constituiu família.

É dever do homem-sacerdote manifestar a glória de Deus através de si mesmo e a partir do seu lar. Para isso, deve expressar uma vida cheia de frutos do Espírito, firmar valores espirituais na sua família, santificar-se e interceder pelos seus em oração, educar os filhos com disciplina estabelecendo limites e exercendo a autoridade através do exemplo e amor. Conduzir sua família aos caminhos do Senhor e impactar aqueles que estão à sua volta é o papel principal do homem-sacerdote.

Comandaram as orações os irmãos Rodrigo e Basílio, e nos louvores, o irmão Jacó com seu violão abençoado. Apesar do pequeno atraso no início, foi possível abordar todos os assuntos em pauta, inclusive com a participação de alguns irmãos. Uma excelente oportunidade de aprendizado e edificação dos varões da igreja.

Então, que possamos nos encontrar perante o Senhor como trabalhadores que não têm do que se envergonhar; como sacerdotes que consagram suas vidas a servir com zelo e a conduzir suas famílias com dedicação e amor.

sábado, 25 de janeiro de 2020

Pôr do sol na estrada do Palhano


Um pouco mais à frente, a cerca de 300 m, havia um local bem mais interessante para fotografar: no final da curva, com o pôr do sol ao fundo, pegando uma parte do açude e várias carnaubeiras; um cenário perfeito. Paramos nesse local, mas não descemos; ficamos com receio porque lá havia um carro parado, na margem da estrada, descendo um pouco o acostamento, aparentemente sem ninguém. Daí percebemos um movimento no mato próximo e resolvemos seguir em frente, mas olhando novamente, percebemos que não era nada demais; era só um cara cagando. 😅



Culto de doutrina

Ontem, na casa da minha mãe, assisti ao culto de instrução da Assembleia de Deus de Mossoró. Percebi que o formato praticamente não mudou com o passar do tempo; o púlpito é tal como era na minha época de moleque, há mais 30 anos atrás, com o pastor presidente à frente e vários pastores auxiliares na retaguarda, conforme uma hierarquia. A maior diferença, ao meu ver, é que o culto da sexta-feira, que antes era realizado a portas fechadas, hoje é transmitido pela TV, e todo mundo pode ver os pastores bocejando lá atrás. É cada abrimento de boca que faz até gosto. 😅



sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

O Desafio da perseverança - Parte III: Provações e Obra de Deus


A perseverança é fundamental na vida do crente, e por se tratar de um tema bastante recorrente, a Bíblia está repleta de exemplos que nos orientam onde devemos perseverar: na oração, no fazer o bem, na doutrina, diante dos obstáculos, etc. Hoje, veremos mais duas situações em que devemos nos manter perseverantes.

Diante das provações
Todo crente, na sua fé, foi, é, ou será provado. Deus trabalha em nossas vidas colocando-nos diante de situações difíceis com o objetivo de nos fazer crescer e nos aperfeiçoar; Ele nos testa para que possamos amadurecer e reconhecer nossa própria capacidade de suportar situações adversas, nossa resiliência. Por isso, jamais devemos desistir ou nos desalentar diante das provas, pois assim como as tribulações produzem a perseverança, também as provações nos capacitam a perseverar. Para tanto, devemos lembrar que o Espírito Santo está sempre conosco para nos consolar em meio às crises, e com as mesmas consolações que recebemos de Deus, podemos então consolarmos uns aos outros. Por isso, devemos nos alegrar e perseverar nesta esperança, certos de que o Senhor não nos prova além de nossas forças. 

Na obra do Senhor Jesus
A palavra de Deus nos exorta a permanecermos firmes e constantes na Sua obra. Essa firmeza, a propósito, precisa ser demonstrada sobretudo fora da igreja, onde devemos ser luz e sal da terra, e não apenas com palavras, mas principalmente com atitudes — pois de nada adianta falar de Deus e recitar a Bíblia se as pessoas olharem para você e não identificarem o exemplo prático daquilo que você está falando. Ora, como luz, nossa função é brilhar; seja lá onde estivermos, precisamos lembrar que estamos ali a serviço. A causa é nobre e as recompensas são muitas; precisamos pois nos empenhar com dedicação e persistência nessa obra, pois são aqueles que perseveram e se mantém firmes em seus propósitos que conseguem vencer os obstáculos e alcançar os seus objetivos. Além disso, quando nos esmeramos no serviço do Senhor e o fazemos com amor, crescemos não somente na fé, mas também como pessoas.

Então, como estamos lidando com esses momentos que exigem de nós firmeza e constância, como estamos nos portando diante das lutas e ante o desafio de trabalharmos na seara do Senhor? As coisas nem sempre são como havíamos planejado; Naamã, por exemplo, não esperava que teria que mergulhar sete vezes no rio Jordão, e por pouco ele não desistiu, mas ouviu a voz da razão, perseverou e obteve a sua vitória. Perseveremos nós também.

Extraído do sermão do pastor Antônio Tadeu, domingo, 19 de janeiro de 2020, na Igreja Batista Fundamentalista. Referências bíblicas: Provações: 1Pe 1:6-7, Tg 1:2-4,12, Jo 14:16, 2Co 1:4, 2Co 4:16-18, 1Co 10:13. Obra de Deus: 1Co 15:58, Cl 3:23-24, 2Tm 2:15. Naamã: 2Re 5

segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

A firmeza da fé contra os ventos de doutrina


É inegável que muita gente, ao invés de buscar primeiramente a Cristo, procura na igreja uma alternativa para satisfazer seus interesses pessoais. O número de evangélicos tem crescido no Brasil, porém muitos têm buscado mais as bênçãos do Senhor do que o Senhor das Bênçãos. Ora, aquele que está na igreja à procura de benefícios para si, mas sem se ater às Escrituras e à prática da piedade, assemelha-se ao homem insensato que ouve as palavras de Jesus e, não colocando-as em prática, edifica sua casa sobre a areia. Pessoas com esse perfil, quando conseguem o que almejavam, tendem a procurar por coisas novas, e assim acabam sendo levadas por modismos ou pelas coisas do mundo, afinal não estão fundamentadas na Rocha.

Com efeito, se não temos habilidade com as Escrituras e falta-nos a firmeza da fé, não teremos segurança para falar de Jesus ou dar testemunho da Sua Palavra. Além disso, se não estivermos firmados no conhecimento sobre Deus e Sua obra redentora, poderemos ser facilmente arrastados por práticas e teorias que surgem e ressurgem o tempo todo. No entanto, quando conhecemos a verdade e praticamos o que dizem as Escrituras, não nos deixamos abalar com falsos ensinos e não somos arrastados por ventos de doutrina, pois temos já a base sólida na qual podemos comparar aquilo que lemos e ouvimos com os ensinamentos que temos aprendido e assim concluir se aquela mensagem merece crédito ou não.

A Bíblia contém vida, transformação, renovo… mas ela por si só não é um objeto milagroso, sobrenatural; de forma que o seu poder não está no papel que a compõe, mas na Palavra de Deus ali presente, a qual precisa ser digerida e exercitada. Assim, quanto mais nos aprofundamos no conhecimento da Palavra e no exercício da piedade, mais nos aproximamos de Deus e da perfeita varonilidade. É desta forma que nos firmamos na fé e, em Cristo, resistimos às tentações e às dificuldades.

Baseado no sermão do pastor Leandro Carvalho, quarta-feira, 15 de janeiro de 2020, na Igreja Batista Fundamentalista. Referências bíblicas: Mt 6:33, Mt 7:24-27, Ef 4:11-16.

O dia mais triste do ano

Estamos na terceira segunda-feira do ano, a chamada Blue Monday, que segundo dizem, é o dia mais triste do ano. É que nesse período, enquanto muitos estão voltando ao trabalho, aos estudos e à rotina, outros continuam curtindo as férias e se exibindo nas redes sociais; e enquanto alguns estão tocando suas resoluções de ano novo (dieta, academia, leitura, etc.), a maioria continua procrastinando e levando a mesma vida de sempre. Bom, não sei se isso tem fundamento, mas, na dúvida, é melhor evitar o Instagram. 😅



quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

O Desafio da Perseverança - Parte II: Doutrina e Obstáculos


Como já sabemos, finalizar as coisas é melhor do que começá-las (Ec 7:8); e o verdadeiro desafio está menos na elaboração de um projeto do que na perseverança em executar determinada obra. A perseverança é fundamental na vida do crente, e a Bíblia nos orienta como e onde devemos perseverar. Já vimos dois aspectos: a perseverança na oração e no fazer o bem. Vejamos mais dois:

Perseverança na doutrina 
Os crentes que se esforçam na piedade e perseveram na doutrina serão recompensados, com justiça, no seu devido tempo; aqueles que buscam a vida com Deus e andam conforme a Sua Palavra sabe bem no que têm crido e em quem têm crido. No entanto, a realidade tem nos mostrado um número cada vez maior de pessoas que muito ouvem e pouco aprendem, que não demonstram convicção acerca da fé e que pensam que ser crente é passear pelas igrejas sem se ater à Palavra e sem se fixar na doutrina. Pessoas que procuram apenas mensagens de encorajamento e conforto emocional, ou que saem em busca de promessas de prosperidade e de vitórias, ao se depararem com mensagens mais duras, que contrariam os seus interesses particulares, o que fazem? Abstraem, “partem pra outra” ou simplesmente abandonam de vez (desigrejados). Igreja nenhuma salva, mas a Palavra é viva e fiel, ela é quem nos ensina e nos alimenta para vivermos e perseverarmos na vida cristã. 

Perseverança diante dos obstáculos
Lutas e aflições podem surgir de várias formas: enfermidades, privações, conflitos familiares, dificuldades financeiras, perseguições... a lista é interminável. Contudo, perseverar é a chave para enfrentar esses desafios. Ora, a perseverança, por si só, já pressupõe o enfrentamento de crises e obstáculos, afinal as tribulações produzem a perseverança, ou seja, elas vêm primeiro (Rm 5:3). É por isso que precisamos manter os olhos fitos em Jesus, arregaçar as mangas e ter coragem para perseverar e não retroceder. Todos os dias surgem empecilhos e dificuldades que tentam nos paralisar e nos fazer desacreditar daquilo que Deus pode fazer por nós, mas quem nos separará do amor de Cristo? Ele tem Seus métodos para trabalhar e fala conosco de várias maneiras. Só precisamos manter a fé e confiar na Sua providência.

Que possamos então andar conforme a orientação bíblica, perseverando na oração, no fazer o bem, na sã doutrina e na superação dos obstáculos. Não é por estarmos em Deus que estaremos livres das tribulações e das tentações que nos cercam — “no mundo tereis aflições” — cabe a nós perseverarmos no Senhor e nos mantermos firmes e fiéis, para a honra e glória do Seu nome. 

Extraído do sermão do pastor Antônio Tadeu, domingo, 12 de janeiro de 2020, na Igreja Batista Fundamentalista. Algumas referências bíblicas: Doutrina: Atos 2:42, 1Tm 4:16, 2Tm 3:14-17, 1Tm 4:1,2. Obstáculos: Hb 10:35,36, Rm 8:35-39, Jo 16:33, Lc 9:62

segunda-feira, 13 de janeiro de 2020

A Renovação e a Saúde da Alma


Perto da virada do ano, são comuns as saudações de feliz ano novo, “tudo de bom”, muitas vezes de forma automática, ditos da boca pra fora. Em Roma, as pessoas representavam a renovação da virada do ano arremessando objetos velhos pelas janelas. De modo análogo, muita gente ainda conserva o hábito de pintar a casa no início do ano. Ora, é importante zelar pela estrutura física, mas e quanto às pessoas que lá habitam? Mais do que cuidar da aparência, precisamos buscar a saúde da alma; devemos promover o renovo e jogar fora tudo aquilo que é velho e bolorento em nossas vidas. Isso não significa que devemos abrir mão de princípios e valores, mas que devemos sim abandonar vícios, manias e todas as mazelas que nos machucam, todos os fardos que nos prendem em nós mesmos e nos impedem de avançar, como mágoas, culpas e ressentimentos que só nos prejudicam. Desta forma, poderemos ter um ano verdadeiramente novo, vivendo em novidade de vida, como novas criaturas. “As coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.”

Essa renovação é importante porque, sem alegria e sem qualidade de vida, a alma vai adoecendo e a situação vai aos poucos se agravando. Conhecida como o mal do século, a depressão não acontece de uma hora pra outra, mas a partir de um acúmulo de coisas não (ou mal) resolvidas e expectativas frustradas que vão impedindo a pessoa de progredir e viver. A consequência disso pode ser, além do abatimento, o cansaço em fazer o bem. Sabemos que a falta de reconhecimento e a ingratidão podem nos entristecer e desanimar, o que contribui para agravar a situação. Contudo, tenhamos em mente que fazer o bem e realizar boas ações são sacrifícios que, além de agradar a Deus, oferecem satisfação pessoal àqueles que as praticam, dando-lhes o prazer de servir e ser útil. O erro, no caso, está em ansiar pelo aplauso. 

Mas como melhorar a qualidade de vida e obter uma alma saudável? Dentre várias atitudes que podem ser tomadas, destacamos três:

1. Falar dos sentimentos. Principalmente quando é algo que precisamos confessar e desabafar. Por isso é importante que tenhamos alguém com quem contar e confiar, alguém com quem possamos conversar abertamente para falarmos dos nossos sentimentos. Precisamos nos abrir e botar aquilo que nos incomoda pra fora. “Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados.”

2. Tomar decisões. Decidir é buscar resolver aquilo que nos aflige; é assumir posição na tentativa de resolver conflitos e problemas. Todos os dias temos algo para decidir e atitudes para serem tomadas, mas como decidir sozinho e de forma acertada? Buscando a sinceridade em nosso coração, procurando fazer para Deus, não para os homens, cuidando de renunciar o ego, assimilar valores e assumir consequências. Deus nos instrui acerca do caminho que devemos andar, embora muitas vezes escolhamos atalhos. 

3. Ter uma vida verdadeira. Hoje em dia, é cada vez mais comum viver de aparências, “de fachada”, principalmente nas redes sociais, onde a vida de muitos é um verdadeiro ‘faz de conta’. E embora alguns se acostumem com a situação, de forma geral, as pessoas adoecem quando usam máscaras — nada é o que realmente é —, e assim acabam prejudicando tanto a si próprios quanto àqueles que nelas se espelham.

Portanto, “faço votos por tua prosperidade e saúde, assim como é próspera a tua alma”. Falemos pois dos nossos sentimentos, assumamos responsabilidades, tomemos decisões e não vivamos de aparências. Pois se não nos livrarmos e resolvemos nossos traumas, se não nos decidimos acerca do que devemos e precisamos fazer ou se vivemos uma vida falsa e sem propósito, não tem jeito, acabaremos por adoecer. 

Extraído da aula ministrada pelo pastor Antônio Tadeu, domingo, 12 de janeiro de 2020, na Escola Bíblica Dominical da Igreja Batista Fundamentalista. Referências bíblicas: 2Co 5:17, Hb 13:1-3,16, Tg 5:16, 3Jo 1:2.

sábado, 11 de janeiro de 2020

Efésios 4 - A Perfeição da Unidade



Talvez você ignore o fato de que o Senhor nos fez para sermos adoradores, e que o pecado, no entanto, corrompeu a nossa natureza divina nos afastando do Criador. Deus, contudo, sempre quis consertar o homem para torná-lo perfeito. Mas o que é ser perfeito? A perfeita varonilidade é o ápice do processo de regeneração que ocorre quando o Espírito Santo passa a habitar no homem conduzindo-o de volta a Deus e à santificação, um processo de transformação — metamorfose espiritual — que tem o seu início não apenas na Glória, mas já aqui na terra. Trata-se, portanto, da conclusão da obra de restauração que faz do homem uma nova criatura e, por consequência, filho de Deus.

Com relação à igreja, como um corpo, seu crescimento dá-se de maneira homogênea, unida; separada, a igreja local não prospera. Assim sendo, quanto mais as pessoas crescem conjuntamente, mais a igreja cresce forte e saudável, mas se as pessoas não evoluem, acabam por engendrar uma igreja imatura e fragmentada. Dentro desse processo, o papel da igreja é o de promover a unidade. Mas que unidade é essa? Ora, assim como há um só Deus e uma só fé, há também um só Espírito, o qual é sobre todos e está em todos, formando assim, com Cristo, um só corpo. Por isso mesmo é que precisamos nos esforçar na preservação dessa unidade, através do vínculo da paz. 

Além disso, é quando encontramos o nosso lugar no corpo de Cristo, ou seja, quando entendemos o serviço ao qual fomos chamados, que damos início ao processo de aperfeiçoamento. Afinal, quando nos convertemos, somos como recém nascidos, carentes de cuidados, mas não é pelo conhecimento que iremos crescer; ele é importante, mas é por meio da fé que se desenvolve em nosso coração, a fé que nos direciona ao serviço. Deus nos deu esse serviço com vistas ao aperfeiçoamento. Com efeito, se acontece em cada um, acontece em todo o corpo, e contra essa unidade, as forças do inferno não prevalecerão. É por isso que Satanás tenta derrubar a igreja atacando de forma individual, andando em derredor, buscando a quem possa tragar. De sorte que devemos nos manter firmes e fiéis, andando de modo que sejamos dignos da nossa vocação, pois assim como a evolução se dá do particular para o geral, membros problemáticos podem trazer problemas sérios que por fim afetarão toda a igreja.

Convém ainda lembrar que quando iniciamos na igreja, somos como pequenas ilhas, fechados em nós mesmos e isolados em nossos cantinhos, mas quando fomos chamados, fomos convocados para uma exposição, para brilharmos como luz (Mt 5:16). Servir a Deus é se expor, e quando O servimos, edificamos não somente a nós mesmos, mas também aos outros. Na igreja, assim como numa família, devemos cuidar uns dos outros para formarmos uma unidade coesa e resistente. É por isso que precisamos deixar nossa imaturidade lá fora juntamente com nossas birras e vontades para então nos submetemos a uma forma de pensar que é superior e bem diferente daquela que estávamos acostumados no mundo, onde cada um tenta subir às custas dos outros. Lembremos: pessoas que crescem, fazem outras pessoas crescer; crentes que não crescem, atrofiam e podem até levar outros à queda. 

Portanto, não é só pensar em conjunto, é viver em conjunto, então esforcemo-nos para preservar essa unidade. Sirvamos a Deus com alegria, seja qual for o seu ministério; temos um só espírito que nos direciona numa só vocação, a de servir. Ninguém amadurece para uma vocação isolada, particular, mas para uma vocação conjunta, para que a partir da longanimidade e perseverança possamos suportar outras pessoas até que todos cheguemos à perfeição. Somos igreja, não vivemos aqui sozinhos, e como membros do Corpo de Cristo, temos a oportunidade de nos ajudarmos até que Ele venha. Contudo, somos já cidadãos do céu, e é justamente por isso que precisamos nos portar como tais. O processo de transformação já começou, cabe a nós prosperarmos nele. 

Extraído do sermão do pastor Leandro Carvalho, quarta-feira, 8 de janeiro de 2020, na Igreja Batista Fundamentalista. Baseado em Efésios 4.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

A Revolução dos Bichos

Faltam-me adjetivos para descrever o quão bom é o livro A Revolução dos Bichos. Durante a leitura, "incrível" foi a palavra que mais frequentemente me veio à mente, tanto pelo enredo em si quanto pela perspicácia do autor em sua narrativa. Misturando humor e tragédia, o livro mexe com as emoções do leitor fazendo, a princípio, rir com as ingenuidades de uns e as astúcias de outros, e posteriormente, chocar com as safadezas e perversidades dos animais da casta dominante. É o tipo de leitura que você devora numa tacada só, e só não fiz isso com pena da história se acabar.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

A musculação e o exercício da fé cristã


Percebendo minha queda de rendimento na academia, em relação às cargas e repetições que antes eu fazia e que agora consigo fazer após quase um mês parado, me ocorreu que coisa semelhante pode acontecer na nossa vida cristã. Pois a fé é o nosso alimento, mas a oração e a prática do bem são nossos exercícios; desta forma, por mais forte espiritualmente que você possa se imaginar, jamais deve negligenciar a prática desses exercícios espirituais, pois assim como ocorre na atividade física, em pouco tempo você também acaba enfraquecendo.

Quando começamos a fazer musculação, é comum nos observarmos no espelho e nos admirarmos com pequenas mudanças que ocorrem no nosso corpo — quem nada tem, se espanta logo com o pouco que consegue — o problema consiste quando isso vira um hábito, e aí, qualquer tempo que passamos nos lambendo ou observando detalhes que até então não tinham importância, tal como quem passa um tempão editando uma foto para o Instagram, já é tempo demais jogado fora. Na vida cristã, é comum que o novo convertido se empolgue consigo mesmo e, em pouco tempo, já se ache capaz de pregar a palavra, exortar os irmãos e abrir o Mar Vermelho. É claro que isso tem a ver com a chama do Espírito Santo em sua vida, mas, em parte, acontece também porque o brasileiro, de forma geral, tem uma tendência, quase que uma necessidade, de falar sobre aquilo que deveras desconhece, além disso, vivemos num vácuo moral tão grande que, ao menor sinal de virtude, o cidadão já se acha um baluarte dos valores, capaz de ditar regras e conselhos que fariam inveja a um monge budista.

Mas, enfim, passado algum tempo na academia, o suficiente para não ser mais considerado principiante, o aspirante a Mister Olympia acaba percebendo que a escalada em busca do corpo perfeito não é uma subida constante e em linha reta, mas formada de longos patamares e pequenos aclives que se assemelham a uma escada de degraus extremamente largos e incrivelmente baixos, de forma que o praticante já começa a se questionar se vale a pena caminhar tanto para subir tão pouco. Na igreja, o aprendiz de apóstolo logo percebe que não basta apenas falar do amor de Deus que 3 mil almas se converterão naquele dia, que colado ao seu discurso deve estar o seu exemplo de vida, que suas atitudes falam muito mais do que suas palavras e que isso exige o exercício da piedade. Ou seja, ambos se deparam com o desafio da perseverança.

Por essa razão, há muitos que, impacientes com os poucos resultados obtidos a duras penas, optam pelo atalho dos anabolizantes; os fins justificam os meios, lembra? E se a finalidade do cidadão é ficar bombado, então viva a alegria do agora. De forma semelhante, tem crente que, incomodado com tantas “exigências”, acaba por procurar uma alternativa mais light, um evangelho mais cômodo, uma igreja de gente feliz que não repara na vida alheia... Mas se há algo constante nesta vida, é a insatisfação humana; e alguém que traiu seus princípios à procura da felicidade imediata, facilmente cederá a outras tentações nessa busca incessante cujo caminho é sempre ladeira abaixo.

A musculação, como sabemos, exige paciência e perseverança; deve ser praticada todos os dias e os resultados aparecem a longo prazo. Contudo, por mais tempo que tenhamos na prática desse esporte, se nos tornamos negligentes, perdemos facilmente aquilo que conquistamos com tanto sacrifício, e embora a imagem no espelho às vezes indique que as coisas ainda estão bem, basta tentar fazer 20 flexões de braço para constatar o retrocesso. Orar e fazer o bem são atitudes que demandam também esforço e persistência, mas para quem não tem (ou perdeu) esse hábito, orar por 2 minutos ou passar meia hora visitando doentes num hospital torna-se algo tão penoso quanto fazer 30 segundos de prancha fixa.

É fato que estamos vivendo cada vez mais, e que, com a idade, vamos perdendo massa muscular e óssea, e é exatamente por isso que precisamos nos manter fisicamente ativos. Se após os 70 anos, a vida é só canseira e enfado, muito mais será se não tivermos músculos para dar sustentação a ossos e articulações. Para isso, a musculação é um dos melhores exercícios, mas a menos que queiramos virar atletas profissionais, nossa finalidade deve ser menos com a aparência física do que com a saúde, tal como o crescimento espiritual não deve ser para o nosso engrandecimento pessoal, mas para que assim resplandeça a luz de Cristo através de nós, para que Ele cresça e a gente diminua.

terça-feira, 7 de janeiro de 2020

O Desafio da Perseverança - Parte I: Oração e Fazer o Bem


“Começar é fácil; permanecer é o desafio.”

Mais um ano se inicia, e com ele, o desafio da continuidade e de nos mantermos firmes e constantes no Senhor; para tanto, perseverar é a chave. A perseverança é uma recomendação bíblica para todo crente, sendo um dos segredos para uma vida cristã vitoriosa, pois “é na vossa perseverança que confirmais a salvação da vossa alma” (Lc 21:19). No entanto, sabemos que não são poucos os que abandonam aquilo que propõem a fazer. Sonhos, projetos, resoluções de ano novo; tem gente que faz até promessa, mas muitos começam, não persistem e acabam desistindo. Perseverar é exatamente não desistir, é encontrar forças para, de alguma forma ou maneira, permanecer e continuar seguindo em frente, independente das circunstâncias. É demonstração de firmeza e constância, e está ligada à paciência e à esperança. 

A perseverança é importante porque nos ajuda a mantermos nossos olhos no que é importante, no nosso alvo: Jesus. Contudo, para que a perseverança aconteça de forma real em nossas vidas, precisamos enfrentar tribulações. Romanos nos diz que as tribulações produzem perseverança, ou seja, sem elas, talvez você não aprenda a perseverar. Então, se foi no mar alto que a tribulação surgiu, é lá onde você deve estar para aprender a perseverar. Afinal, "quem mandou largar a rede?". A dificuldade de muitos em crescer espiritualmente está justamente na deficiência desse aprendizado. Assim, uma crítica, uma cara feia, ou a ausência de elogios, já são suficientes para deixá-los desestimulados e pensarem em desistir. A Bíblia, contudo, não só nos diz para perseverarmos, como também nos diz em que devemos perseverar.

Na oração
"Eles perseveravam no ensino dos apóstolos… e nas orações”. A igreja primitiva era um exemplo de igreja que orava. Jesus exortava os discípulos para orarem, mas Ele mesmo deu exemplo de uma vida de oração. É através da oração que entregamos ao Pai os nossos problemas e necessidades, que apresentamos a Ele nossas angústias, e isso é relacionamento com Deus. Por meio da oração, conseguimos compreender melhor a Palavra, recebemos dons espirituais, nos tornamos capacitados para enfrentar as lutas, vencer as tribulações, etc. Mas se nos tornamos negligentes, e não sentimos falta da oração, isso é um problema; quando passamos muito tempo sem orar, as coisas espirituais vão perdendo o sentido e nossa vida cristã vai definhando. Quando nos afastamos de Deus, o Espírito Santo bate em nosso coração nos fazendo lembrar, mas quando perdemos isso, tornamo-nos superficiais, distantes, às vezes, bem para com nós mesmos, mas não para com o Senhor. 

Em fazer o bem
Fazer o bem é uma obrigação de todo crente, mas parece que muitos estão se cansando disso. Alguns começam, mas param no primeiro aborrecimento; na primeira contrariedade, viram as costas e desistem, porém “quem sabe que deve fazer o bem e não o faz, está pecando”. É por isso que precisamos perseverar nesse aspecto, mesmo que as pessoas não agradeçam, mesmo que não haja reconhecimento, ainda assim precisamos insistir em fazer o bem. Dez leprosos foram curados, mas só um voltou para agradecer. As pessoas são assim, linguarudas, mal agradecidas, e quanto mais você faz, mais elas julgam. Talvez por isso você esteja chateado e se recuse a fazer algo por alguém, mas se quem primeiro deve fazer é o crente, e este não faz, temos então concretizado o exemplo que Jesus nos mostrou na parábola do bom samaritano. Certamente que nem todos estarão dispostos a fazer como Paulo: "procuro agradar a todos porque não procuro meu próprio bem, mas o bem de muitos, para que sejam salvos". Mas se formos condicionar nossas atitudes à aprovação dos homens, talvez não recebamos tapinhas nas costas e elogios, e aí, como ficará a nossa motivação para fazer o bem? É bom sermos reconhecidos? Sim, mas não devemos basear nossas ações nisso. 

Afinal, qual a nossa percepção em relação à perseverança? Temos perseverado na oração e no fazer o bem? Estamos realmente fazendo o bem ou estamos intimamente desejando mal ao outro? É importante pensarmos nisso e nos mantermos atentos.

Extraído do sermão do pastor Antônio Tadeu, domingo, 05 de janeiro de 2020. Algumas referências bíblicas: Perseverança: Lc 21:19, Hb 12:1, Rm 5:3-5, 2Tm 2:3-4. Oração: At 2:42, 1Ts 5:17, Lc 18:1, Rm 12:12, Ef 6:18, Cl 4:2. Fazer o bem: Gl 6:9-10, Tg 4:17, 1Co 10:33, Rm 2:6-7

domingo, 5 de janeiro de 2020

EBD na IBF


Hoje, participei pela primeira vez da Escola Bíblica Dominical da Igreja Batista Fundamentalista. A EBD, como o próprio nome sugere, ocorre aos domingos e tem início às 9h. Começa com uma oração, há um momento de louvor e confraternização, e em seguida ocorre a leitura da Palavra, que hoje foi feita de forma sucessiva, em Atos 27:4-25, um trecho que narra os perigos da viagem de barco na qual Paulo foi enviado, preso, até Roma. Em seguida, as classes se separam de acordo com a faixa etária. Eu fiquei na classe dos adultos (não tinha a dos anciãos), que, por ser a maior, permanece na nave da igreja.

Na sequência, o pastor Tadeu distribuiu, de forma aleatória, algumas tiras de papel nas quais constavam uma série de desafios para a igreja; cada um então lia o desafio que recebera e, de forma alternada, o pastor ia comentando juntamente com a participação dos irmãos. O desafio de resistir ao diabo, o desafio de permanecer vigilante, o desafio de preservar a família, o desafio de evangelizar, o desafio de manter o equilíbrio entre as doutrinas (legalismo x antinomianismo) e o desafio de sofrer por Cristo, pelo que lembro, foram os abordados hoje.

Por volta das 10h30, faz-se a oração final e os irmãos são então liberados para cuidarem de seus respectivos almoços. No final, ainda pensei em sugerir que fizéssemos uma foto para registrar a 1ª EBD do ano, mas fiquei com vergonha dos irmãos pensarem que era pra postar no Instagram (e era), daí fiquei na minha.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

O fim é melhor do que o começo


'Melhor é' é uma expressão comum na Bíblia; Salomão, em sua sabedoria, a usou com certa frequência; e se assim está escrito, é porque realmente é. Mesmo assim, há quem duvide; muitos até dizem o contrário: “no começo, tudo são flores”. Para muita gente, é melhor pensar que o começo é melhor, pois é quando são mais jovens e têm mais vigor para correr atrás de seus sonhos, interagir com outras pessoas e conquistar metas. O começo de um casamento, o início de um curso, os primeiros anos no trabalho, de fato, parecem melhores, mas o começo é apenas uma iniciação, um treinamento para que mais à frente estejamos amadurecidos e possamos usufruir da boa semeadura que fizemos. O que semeamos e construímos hoje é o que determinará o que obteremos no final. A semeadura é feita no início, mas o final é que conta.

Para tanto, precisamos compreender que o tempo de que dispomos e as oportunidades que nos são dadas constituem a diferença entre uma vida próspera ou não — e uma vida de sucesso e prosperidade não significa apenas nas coisas materiais — mas muita gente não entende isso e não consegue aproveitar as chances que lhe são dadas. Em um curso, por exemplo, há os que aproveitam o tempo e a oportunidade para se aperfeiçoarem e adquirirem conhecimento, mas há também os que levam o curso de qualquer jeito. Ambos o concluem, mas apenas um terá um bom final. “Os que com lágrimas semeiam com júbilo ceifarão.” Salmos 126:5.

Como podemos ver, a questão não é o tempo de que dispomos, mas o que fazemos com ele. Além disso, a vitória não é dada àquele que inicia bem, mas ao que persiste debaixo da vontade de Deus. Muitos são os que começam com entusiasmo, mas esmorecem e desistem, afastam-se da igreja e abandonam a fé em Jesus; esquecem que a bíblia diz para perseverarmos até o fim, “corramos com perseverança a corrida que nos é proposta.” Hebreus 12:1. Sejamos pois perseverantes, certos de que é no final que cessarão o choro e as angústias; no final é que seremos coroados. Prossigamos para o alvo, com olhos fitos em Cristo e valendo-se das ferramentas que Ele tem nos dado pra avançarmos e terminarmos bem essa jornada.

Portanto, não sinta-se frustrado achando que o melhor da sua vida já passou; vários foram os homens chamados por Deus após certa idade. Não sabemos como será o nosso futuro, mas é semeando bem hoje que haveremos de colher os bons frutos no final; para que assim a Palavra de Deus se concretize em nós, mostrando-nos que melhor é o fim das coisas do que o seu início. 

Extraído do sermão do pastor Antônio Tadeu, domingo, 29 de dezembro de 2019, na Igreja Batista Fundamentalista.
Algumas referências bíblicas: Eclesiastes 7:8, Salmos 126:5, Hebreus 12:1,2, Filipenses 3:13,14, II Coríntios 4:8, II Coríntios 4:17,18

quarta-feira, 1 de janeiro de 2020

Está consumado - e o véu do templo se rasgou



“E Jesus, dando um grande brado, expirou. E o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo.” Marcos 15:37,38. No momento da crucificação, o Deus que é perfeito e não pode contemplar o pecado, viu seu próprio filho carregando todos os pecados da humanidade; como João Batista já havia anunciado, “eis o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”. O véu que se partiu não foi um simples tecido que se rasgou. Esse era o véu que fazia a separação entre o Lugar Santo e o Santíssimo, o véu que separava o Criador, da criatura; Deus, dos homens; mas a morte de Cristo rompeu com essa separação.

É por isso que, quando aceitamos a Jesus, o Espírito Santo vem tabernacular em nós, pois Cristo se fez presente como Tabernáculo de Deus. Assim, através do primeiro tabernáculo, foi dada a expiação para Israel; através do segundo, Cristo a expandiu para toda a humanidade. Com isso, o Deus santo, perfeito, estabeleceu uma forma para que aqueles em pecado pudessem ter comunhão com Ele. “Todos pecaram e destituídos estão da Glória de Deus”. Não fomos nós que o buscamos, ou que fizemos por merecer, mas Deus, que através do seu inefável amor, determinou que Cristo deveria padecer para a salvação da humanidade. 

Desta forma, o sacrifício do Cordeiro fez romper o véu da separação e nos deu livre acesso a Deus. Jesus, nosso sumo sacerdote, cumpriu a missão do Pai, pagou o nosso preço e firmou nossa morada nas regiões celestiais. E aquilo que ocultava a presença de Deus, agora não impede mais. "O véu que separava, já não separa mais". Através de Cristo, podemos ser contemplados por Deus; por meio de Cristo, somos também sacerdotes. É por isso que não faz sentido viver no pecado e querer estar diante de Deus. Ele nos ama, mas abomina o pecado. O livre acesso nos foi dado para sermos diferentes. 

Extraído do sermão do pastor Leandro Carvalho, domingo, 20 de outubro de 2019, na Igreja Batista Fundamentalista.
Referências bíblicas: Mateus 27:50,51, João 1:29, Romanos 3:23, Ezequiel 37:27, Apocalipse 21:3, Efésios 3:17-19.