terça-feira, 4 de junho de 2002

3º Encontro Hiran Xavier de Motociclismo

Estive no último final de semana na cidade de Martins/RN, um lugar calmo e de clima agradável, mas que mudou sua rotina com a invasão de dezenas de motociclistas que subiram a serra para participar do 3º Encontro Hiran Xavier de Motociclismo. O evento nada mais é do que uma grande confraternização entre amigos motociclistas que se reúnem para aproveitar o visual e o clima ameno da serra, sem zoeira, palcos e baderna.

Partimos de Mossoró por volta das 15 horas da sexta-feira, seguindo pela BR 110, que liga Mossoró a Apodi, e resolvemos pegar esse caminho mais longo, cerca de 10 km a mais, porque comentava-se que a rodovia havia sido restaurada. De fato, os primeiros 15 km foram de pista novinha, novinha, mas daí em diante, uma surpresa: fomos surpreendidos por um piche; um asfalto mole, sei lá, que estava no meio da pista e sem nenhuma sinalização. Quase fomos ‘ao barro'. Mudamos para o acostamento e rodamos uns 2 km assim.

Depois desse trecho 'bonzinho', pegamos uma tremenda buraqueira; cerca de 10 km de buracos e mais buracos. Depois a coisa melhorou um pouco. Mantivemos uma velocidade média de 100 km/h e assim conseguimos nos livrar das crateras formadas no meio do asfalto. Em certos trechos, a pista era um tapete, dava até para esticar um pouco, mas como meu colega vinha numa XR 200, e com garupa, resolvemos manter a média dos 100 km/h.

Quando estávamos subindo a chapada do Apodi, fomos surpreendidos com uma chuva repentina, mas ainda pude fazer uma bela foto do arco-íris que se formou. Assim, paramos no posto e tomamos uma cervejinha. Só duas. Mas também não dava para tomar mais do que isso; cerveja a R$ 2,00 não tem cristão que aguente.

A chuva parou e nós seguimos em frente. Passamos rapidamente pela cidade de Itaú e seguimos rumo à serra numa estrada estreita e com um asfalto cheio de falhas. Por sorte, estávamos em motos trail e 'tiramos de letra' esses probleminhas.

Paramos logo na subida da serra para tirar os óculos de sol. Já era 17h20 e a estrada estava escura com as sombras das árvores. Depois seguimos em frente; a estrada é uma delícia; não há como esquecer aquelas curvas. Mas, claro, com uma atenção redobrada, afinal nós estávamos bem perto de um abismo enorme, e qualquer vacilo poderia ser fatal.

Chegamos na cidade e fomos dar uma olhada na pracinha pra ver como estavam as coisas. Encontramos alguns amigos e ficamos um tempo papeando até voltarmos para a pousada e esperar mais um grupo de falcões que vinham a caminho. O pessoal chegou lá pelas 20 horas, debaixo de uma forte chuva. Se demorassem mais, não poderiam subir a serra devido à forte serração. Um denso nevoeiro abaixou sobre a cidade tornando a visibilidade quase zero. Com isso, o evento foi um pouco prejudicado; poucos resolveram sair até o local do evento, mas foi justamente debaixo de chuva que encontrei o companheiro Ed+, o cara estava debaixo de uma barraca de acessórios com sua esposa/garupa e, enquanto a chuva não passava, batemos um bom papo.

No sábado, rolou passeio de moto pela manhã e churrasco à tarde; à da noite rolou algumas gincanas e a tradicional entrega de troféus aos moto clubes. Só alegria.


Ficamos hospedados na Pousada Martinense.


Concentração na praça da matriz


Confraternização no Mirante do Canto (não estou na foto)


Parada na descida da serra


A ponte tornou-se um local tradicional para fotos


Na volta, passamos pela barragem de Santa Cruz


Depois de uma caminhada exaustiva até a parede da barragem