sexta-feira, 17 de agosto de 2018

Debate: Eleições 2018 - Governo do RN

Não aguentei assistir ao debate até o final. Achei fraco, desorganizado e enfadonho. Pra mim, refletiu bem o atraso que é o RN, a começar pelo nível dos candidatos; dava até pena.

Robinson Faria mostrou-se um tanto desequilibrado, mas isso até já era esperado, e se irritou com os ataques dos demais candidatos. Deve ter esquecido que ele foi eleito justamente atacando a gestão de Rosalba, da qual era vice, e o acordão montado por Henrique.

Carlos Eduardo mostrou-se pedante, distante do eleitor, preso ao seu passado como prefeito de Natal. Esqueceu de falar para o eleitor do interior, onde é um ilustre desconhecido. Fraco de propostas, limitou-se às alfinetadas, mas se deu mal ao demonstrar desconhecer o Seridó.

Fátima Bezerra começou apática, mas melhorou depois de abordar assuntos que lhe são corriqueiros, como a questão salarial dos servidores. Sem demonstrar maiores propostas, disse que Lula seria eleito e que as coisas melhorariam. Basicamente, apostou na ignorância do eleitor.

Brenno Queiroga (SD) foi quem se saiu melhor, ou menos pior. Falou com clareza, apresentou propostas, ainda que superficiais, soube se apresentar para o eleitor, administrou bem o tempo e, diferente dos demais, mantinha uma linha de raciocínio, com início, meio e fim.

Heró, coitado, é a cara do atraso educacional do RN.

Dario, perdido, parecia deslocado.

Carlos Alberto, apagado, fraco de discurso, somou 0+0.

O candidato da Rede, esqueci o nome, adotou o marinês e não falou nada com nada. Outro zero à esquerda.

Quem também levou zero foi a equipe de jornalismo da Band RN. O estúdio mais parecia uma sala de espera de uma clínica. O formato adotado, com respostas e comentários, sem direito à réplica, foi podre. Choveram pedidos de direito de resposta. As perguntas dos eleitores, tristes. Enfim, a cara do atraso que é esse estado.