segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

Governo genocida (com ou sem Pfizer)


Sim, é verdade; em agosto de 2020, a Pfizer ofereceu ao governo brasileiro 70 milhões de doses da sua vacina, mas este rejeitou. Como puderam fazer isso?

Antes de tirarmos conclusões precipitadas, devemos considerar alguns detalhes: a entrega inicial seria de apenas 2 milhões de doses no primeiro trimestre de 2021, o mesmo número de doses da Oxford, mas feita em três remessas (500 mil, 500 mil e 1 milhão); enquanto as vacinas atuais estão chegando a todos os municípios brasileiros, a da Pfizer dificilmente sairia dos grandes centros metropolitanos, dada a sua baixíssima temperatura de conservação, entre -70 ºC e -80 ºC; e nem vou falar dos detalhes contratuais, baseado nas leis de Nova York, com isenção de responsabilidade para a empresa, ausência de multa em caso de atraso e recomendação para o governo criar um fundo indenizatório para ações movidas por possíveis reações adversas (efeito jacaré).

Agora façamos de conta que essa narrativa de 'governo genocida' não seria usado em escala industrial caso o governo desse prioridade para uma vacina impossível de chegar aos rincões da Amazônia. Entendeu? Com ou sem Pfizer, a narrativa seria a mesma.


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