domingo, 13 de novembro de 2016

Black Mirror: Considerações sobre o episódio "Toda a sua vida"

O último episódio da 1ª temporada de Black Mirror, intitulado "Toda a sua vida", pode servir de base para muitas teorias sobre as atitudes comportamentais que as pessoas têm adotado depois do boom das redes sociais, quando elas passaram a fazer cada vez mais parte do cotidiano das pessoas.

Podemos perceber como as pessoas cada vez mais estão criando e assumindo uma vida virtual paralela que reflete aquilo que lhe ocorre no mundo real, e como, muitas vezes, deixam de viver no "ao vivo" suas próprias vidas para reviverem suas lembranças gravadas ou interagirem com as vidas virtuais de outras pessoas, amigos, familiares, assuntos do momento, etc. O mundo virtual é dinâmico e nosso cérebro não consegue assimilar tudo tão rápido, por isso as pessoas se sentem cada vez mais sem tempo para suas tarefas diárias. A vida online demanda um certo tempo.

A facilidade com que registramos os acontecimentos do nosso dia por meio dos smartphones e como compartilhamos esse momentos nas redes sociais, cria também a possibilidade de que terceiros possam acessar essas memórias gravadas; isso tem um impacto diretamente na vida dos casais, pois certas lembranças, uma vez mantidas, poderiam um dia serem usadas por um dos cônjuges contra a própria pessoa.

É pensando como a tecnologia e as normas sociais afetam as pessoas e os relacionamentos que começamos nossa série de tweets sobre o assunto, inicialmente, tratando a questão do ato sexual.





A cena de traição mostrada no episódio não foi por acaso; ela reflete como os avanços tecnológicos estão pondo em xeque as relações baseadas em acordos monogâmicos de fidelidade.






Por fim, uma rápida reflexão sobre o que os casais poderiam fazer para viverem plenamente uma relação considerando essas mudanças tecnológicas e sociais.




Agora, um questionamento: vale a pena viver sem registrar os nossos melhores momentos?


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