quarta-feira, 1 de abril de 2020

Motivos da nossa participação no templo


Depois de apresentarmos algumas argumentações acerca da importância do templo dentro do conceito de igreja local, destacamos a seguir, alguns aspectos e motivos relevantes para a participação do crente na congregação — pois mesmo entendendo o significado de igreja, não podemos simplesmente invalidar a necessidade que temos de nos reunir no espaço físico denominado templo. 

1. A salvação. “Pois um dia nos teus átrios vale mais que mil; prefiro estar à porta da casa do meu Deus, a permanecer nas tendas da perversidade.” (Sl 84:10). Sendo salvo, certamente você sentirá o desejo de se congregar e estar entre os irmãos; mas onde eles estarão reunidos? Na igreja, o local que tem estrutura física para isso. Todavia, bem sabemos que igreja não salva; mas se você é salvo, certamente vai querer participar da igreja. A salvação nos torna cidadãos celestiais, e isto significa que não pertencemos mais a este mundo; isto se dá graças ao processo de santificação que inicia-se aqui e continua na Glória, onde chegaremos à estatura perfeita, da qual Cristo é o modelo (Ef 4). Para tanto, precisamos ter parâmetros e exemplos palpáveis de pessoas que, assim como nós, estão inseridas nesse processo. “Por isso exortai-vos uns aos outros, e edificai-vos uns aos outros” (1Ts 5:11).

2. Há uma ordem bíblica pra isso. “Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns” (Hb 10:25). Nos textos bíblicos, especialmente nas cartas de Paulo, encontramos instruções específicas sobre os requisitos e encargos das lideranças (1Tm 3), assim como orientações direcionadas a toda a congregação mostrando que a igreja é um corpo onde os membros trabalham em unidade, cada um fazendo a sua parte e contribuindo para o todo (1Co 12). Assim, um exorta, outro ensina, outro evangeliza, outro canta, outro toca, etc. Além disso, o princípio de se congregar é mostrado inclusive por Jesus, que ia às sinagogas e participava de ajuntamentos. Então, não podemos simplesmente deixar de nos congregar; há uma ordem expressa para isso, e o local onde nos congregamos é na igreja. 

3. Adoração coletiva pública. Com seus ajuntamentos, a igreja expressa publicamente a adoração comunitária. É claro que você pode orar e louvar a Deus sozinho, em secreto; pode fazer isso com outra pessoa, como Paulo e Silas na prisão, mas há também o aspecto da adoração em conjunto. No Antigo Testamento, vemos Davi preparando músicos e convocando o povo para louvar a Deus, inclusive em voz alta (1Cr 15:16,25); Josafá preparou o povo para cantar e, rendendo graças ao Senhor, derrotou um exército (2Cr 20:21), e quando Pedro foi preso, a igreja permaneceu junta orando intensamente por ele (At 12:5). Ou seja, o aspecto da adoração coletiva é importante e ocorre em um mesmo local; hoje, não nos montes, em cavernas ou nas casas, mas nos templos. Além disso, há ainda o partir do pão; a Santa Ceia nos foi dada para que juntos lembrássemos o sacrifício de Cristo. 

É tempo de permanecermos unidos e refletirmos sobre o que está acontecendo, pois muitos que não valorizavam a congregação, talvez agora sintam falta dela. Sabemos que há pessoas que passam semanas, até meses, sem aparecer na igreja, e após tudo isso passar, talvez repensem suas prioridades e olhem de forma diferente acerca da comunhão e daquilo que realmente importa. Estar sentado com a família louvando a Deus é muito bom e o momento é propício para isso; então, usemos o tempo com sabedoria, e quando estivermos cultuando ao Senhor, seja no templo ou em casa, louvemos e adoremos, juntos, com a devida reverência que o Senhor merece. 

Resumindo o que foi dito, devemos nos congregar sim, pois somos salvos, há uma ordem expressa nesse sentido e precisamos adorar ao Senhor publicamente; seja no templo ou em espaços abertos, precisamos valorizar a congregação enquanto igreja local e reconhecer a importância da comunhão. A Igreja é visível, pública e presente, não em figura, mas em verdade, e os que estão em Cristo nela estarão. 

Extraído do culto online transmitido pela Igreja Batista Fundamentalista e baseado na mensagem dos pastores Antônio Tadeu e Leandro Carvalho, domingo, 29 de março de 2020.

2 comentários:

  1. A verdade é que muitos que adotam a teoria dos desigrejados são pessoas frustradas, ressentidas, que não querem estar debaixo de autoridade, etc. Algumas dessas pessoas foram instruídas de forma errada e, por causa de uma experiência desagradável em determinada denominação, acabaram abandonando a ideia de igreja como um todo, e isso é um erro. Entretanto, sabemos que há problemas; igrejas são pessoas, e pessoas juntas geram conflitos e problemas. — Quem não sabe disso? — Jesus andou com apenas doze e teve problemas com um; e à medida que a igreja primitiva foi crescendo, problemas também foram surgindo, inclusive entre os próprios apóstolos. Então, é preciso saber separar as coisas e não abandonar a congregação, como é costume de alguns (Hb 10:25). Como podemos ver, há uma ordem expressa para congregarmos; então, se você é crente, obedeça. Caso contrário, "por que me chamais Senhor se não fazeis o que vos digo?" (Lc 6:46).

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  2. Afinal, a igreja é a noiva, então como é que você, sendo crente, não vai querer nada com a noiva? Todo crente deve estar inserido no corpo de Cristo, e é para isso existe o ajuntamento solene, a Igreja local. Antes de sermos salvos, vivíamos segundo o curso deste mundo, na soberba da vida e na concupiscência da carne, de forma que, para nós, não era possível agradar a Deus, mas uma vez convertidos, somos agora alguém que faz parte da família de Deus.

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