quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

Vencendo a inveja - Parte I: A inveja na família


A partir de hoje, trataremos um pouco sobre algo que muitas vezes funciona como combustível para diversas reações emotivas: a inveja. Mas antes de falarmos sobre a inveja na família, precisamos entender o que vem a ser esse sentimento: “1 - desgosto provocado pela felicidade ou prosperidade alheia; 2 - desejo irrefreável de possuir ou gozar o que é de outrem.” Como podemos ver, o invejoso não é apenas alguém que quer ter o que o outro tem, ele também quer ser o que o outro é; alguém que se incomoda com a prosperidade alheia e se alegra quando algum mal advém ao outro. Mas, acima de tudo, devemos estar cientes de que inveja é pecado, um pecado que geralmente aparece acompanhado de outros maus sentimentos, como orgulho, soberba, cobiça, mentira, etc.

Inveja na família
Durante a fase de crescimento, passamos boa parte do nosso tempo junto da família, então, é normal que disputas e situações de inveja surjam primeiramente ali. Pergunte-se: você já sentiu inveja de alguém de sua família? De um irmão, pelo tratamento preferencial; de um primo, por seu sucesso profissional ou acadêmico; de um tio, por ter uma condição financeira privilegiada... Situações desse tipo podem mexer com os sentimentos das pessoas e fazer com que elas estabeleçam comparações e alimentem a inveja; condições que provocam insegurança, afetam a autoestima e desenvolvem o rancor. 

Mas calma, o problema não está especificamente no seu lar ou na sua educação. A inveja faz parte da natureza humana e está presente na família desde a criação do mundo; em Gênesis 4, a história de Caim e Abel nos mostra que o primeiro caso de inveja ocorreu justamente dentro da família. No caso, a inveja desenvolveu a ira e o resultado foi trágico — muitas vezes não percebemos que nossas atitudes são reflexos daquilo que no íntimo alimentamos — mas disse o Senhor: "O seu desejo será contra ti, mas cabe a ti dominá-lo." (Gn 4:7). Pessoas cheias de ira e inveja tendem a querer fazer justiça com as próprias mãos; revoltadas, torna-se vulnerável ao pecado e suscetível a cometer delitos e atitudes criminosas.

Precisamos ficar atentos; a família de Adão serve-nos como primeiro exemplo, mas na Bíblia há vários casos semelhantes que podem nos orientar a não cometermos os mesmos erros. A inveja é um pecado com grande poder de dominação, mas é também passível de ser dominado. O invejoso precisa ser justo consigo mesmo para superar seus problemas e encontrar motivações reais para controlar suas emoções; para tanto, o primeiro passo é tomar pra si responsabilidade de sua vida, aceitar suas limitações e, com a graça de Deus, encontrar o melhor caminho para vencer e dominar esse sentimento — o qual deve passar pelo processo de arrependimento e conversão.

Extraído da aula ministrada pelo Pr. Antônio Tadeu, domingo, 16 de fevereiro de 2020, na Escola Bíblica Dominical da IBF Mossoró. Texto base: Gn 4:1-15. Outras referências: At 7:9-10, Rm 6:12, Pv 14:30.

4 comentários:

  1. No estudo de hoje, vimos que a inveja, além desejo exagerado de ser ou possuir o que pertence a outro, faz ainda com que a pessoa se sinta feliz com a derrota alheia; uma prática pecaminosa ligada a sentimentos de insegurança, baixa autoestima e principalmente incapacidade. A inveja está presente no seio da família e, por fazer parte da natureza humana, manifesta-se desde tenra idade, mas podemos e devemos dominar esse sentimento, e não nos deixar levar por ele (Gn 4:7).

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  2. Para a maioria de nós, é fácil e até natural percebermos tratamentos distintos dados a pessoas diferentes — principalmente quando somos nós que recebemos o tratamento inferior — algo comum entre pais e irmãos, por exemplo; sentimento natural que está ligado ao ciúme mas que pode trazer danos e consequências desastrosas se não for identificado e dominado.

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  3. Dominado pelo pecado, o invejoso tem sua mente cauterizada e torna-se incapaz de perceber suas ações e intenções contra o outro. Movido por inveja, Caim matou Abel, e questionado por Deus onde estaria seu irmão, fingiu que não era com ele: “Não sei; acaso, sou eu tutor de meu irmão?”

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  4. A mentira e a inveja estão intimamente ligadas; se você contar algo de bom para um invejoso, ele é capaz de inventar algo melhor, só para não ficar pra trás.

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