sábado, 8 de fevereiro de 2020

Conversão: Transformação e Testemunho


Antes, éramos inimigos de Deus, governados pelo ego e entregues à nossa própria vontade, mas agora, em Cristo, somos novas criaturas; as coisas velhas já passaram, não importam mais, pois Jesus tem nos dado vida nova, e isto provém de Deus. A conversão é algo que deve acontecer pois é o que o evangelho faz na vida do ser humano: transformação. O evangelho restaura o homem fazendo-o andar em novidade de vida, evidenciando, assim, a ação de Deus em favor daquele que se dirige para Ele.

Para tanto, precisamos entender que não é uma ação humana que fará as pessoas se converterem; é a Palavra. “Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo.” (Ap 3:20). A decisão de se arrepender e se converter recai sobre todos, e Deus contempla isso em cada um de nós, ou seja, há um ato na decisão de crer e aceitar; uma ação humana, pessoal e demonstrável. Desta forma, o crer não depende do pregador ou da pregação, mas é a partir do ouvir da Palavra e mediante a ação do Espírito Santo que as pessoas se convencem e se convertem a Cristo. Por isso que há pessoas que podem ouvir a melhor mensagem, escutar o melhor apelo, que ainda assim farão ouvidos moucos. 

Contudo, a questão não se concentra no crer — o diabo crê em Deus — mas na conversão. Vivemos uma época caracterizada pela crença fácil, onde muitos esperam poder andar com Deus e de braços dados com o mundo; uma espécie de evangelho adaptado. Todavia: “Não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus?” (Tg 4:4). Por essa razão, há muitos que carregam o nome de cristão, mas longe de serem convertidos; outros que até se dizem crentes, mas por não viverem de forma compatível, se recusam a serem batizados.

Eis, pois, o alerta: não devemos acreditar em nenhum evangelho sendo pregado dissociado da conversão e da transformação de vida. Como já vimos, a conversão se traduz em atos, e como tal, pode ser demonstrada, mas nem sempre as mãos para cima, os olhos fechados e a presença cativa na igreja são sinais conexão com Deus, comunhão e conversão; a verdadeira demonstração de fé não é aquela que se apresenta à luz do templo e sob os olhos do pastor, mas a que brilha em meio à escuridão do mundo e expressa suas ações em testemunho do Pai.

Baseado no sermão do Pr. Antônio Tadeu: A Conversão e Suas Evidências.

Um comentário:

  1. Hoje, temos toda facilidade e acesso às Escrituras, mas é também por comodismo que muitas vezes permanecemos irreversíveis e sem evoluir. Contudo, uma vez que nos convertemos, passamos a viver em novidade de vida e a vivenciar o evangelho em sua plenitude, não por pressão, mas de livre e espontânea vontade. Desta forma, tornamo-nos servos, porém livres; ontem arrependidos, hoje felizes e saudáveis. Pois viver em Cristo é viver na luz, e viver na luz é viver na verdade.

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